quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Relacionamento


Sempre acho que namoro, casamento, romance, tem começo, meio e fim. Como tudo na vida.
Detesto quando escuto aquela conversa:
- Ah, terminei o namoro...
- Nossa, estavam juntos há tanto tempo...
- Cinco anos.... que pena... acabou...
- é... não deu certo...

Claro que deu! Deu certo durante cinco anos, só que acabou. E o bom da vida, é que você pode ter vários amores. Não acredito em pessoas que se complementam.
Acredito em pessoas que se somam.
Às vezes você não consegue nem dar cem por cento de você para você mesmo, como cobrar cem por cento do outro? E não temos essa coisa completa. Às vezes ela é fiel, mas é devagar na cama. Às vezes ele é carinhoso, mas não é fiel. Às vezes ele é atencioso, mas não é trabalhador. Às vezes ela é muito bonita, mas não é sensível. Tudo junto, não vamos encontrar.
Perceba qual o aspecto mais importante para você e invista nele.

Pele é um bicho traiçoeiro.
Quando você tem pele com alguém, pode ser o papai com mamãe mais básico que é uma delícia. E às vezes você tem aquele sexo acrobata, mas que não te impressiona...
Acho que o beijo é importante... e se o beijo bate... se joga... se não bate... mais um Martini, por favor... e vá dar uma volta.
Se ele ou ela não te quer mais, não force a barra. O outro tem o direito de não te querer.
Não brigue, não ligue, não dê pití. Se a pessoa tá com dúvidas, problema dela, cabe a você esperar... ou não.

Existe gente que precisa da ausência para querer a presença.
O ser humano não é absoluto.
Ele titubeia, tem dúvidas e medos, mas se a pessoa REALMENTE gostar, ela volta. Nada de drama.
Que graça tem alguém do seu lado sob pressão? O legal é alguém que está com você, só por você. E vice-versa.
Não fique com alguém por pena. Ou por medo da solidão. Nascemos sós. Morremos sós. Nosso pensamento é nosso, não é compartilhado. E quando você acorda, a primeira impressão é sempre sua, seu olhar, seu pensamento.
Tem gente que pula de um romance para o outro. Que medo é este de se ver só, na sua própria companhia?
Gostar dói. Muitas vezes você vai sentir raiva, ciúmes, ódio, frustração... Faz parte. Você convive com outro ser, um outro mundo, um outro universo. E nem sempre as coisas são como você gostaria que fosse... A pior coisa é gente que tem medo de se envolver.
Se alguém vier com este papo, corra, afinal você não é terapeuta. Se não quer se envolver, namore uma planta. É mais previsível. Na vida e no amor, não temos garantias.

Nem toda pessoa que te convida para sair é para casar. Nem todo beijo é para romancear.
E nem todo sexo bom é para descartar... ou se apaixonar... ou se culpar... Enfim... quem disse que ser adulto é fácil ????

Texto de Arnaldo Jabor

terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Raiva Branca

As vezes tenho raiva de mim.

Raiva de um sentimentalismo fora do comum. Raiva de querer mandar flores, cartões e mensagens a todo instante. Raiva de ter lembranças ao ouvir uma música. Raiva de suspirar com frases de um apaixonado. Raiva da inveja que sinto da pessoa ao receber uma declaração de amor. Raiva.

Raiva de me desmanchar em lágrimas ao final de um romance cinematográfico. Raiva de desejar ser a pessoa pela qual me apaixono e declaro a todo instante. Raiva de querer andar de mãos dadas. Raiva de sentir falta do perfume na pele. Raiva de projetar o futuro com olhos apaixonados. Raiva de achar que o amor supera tudo. Raiva do tempo e espaço. Raiva.

Raiva de deixar pulsar no peito um amor que sinto incondicional. Raiva por cultivar uma paixão avassaladora. Raiva por ter um carinho tão protetor. Raiva pelo encanto que se faz ingênuo. Raiva pelo desejo nem sempre, contido. Raiva.

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

O encanto


O tempo passa, muitos fatos acontecem e as coisas finalmente mudam. A forma de pensar interfere diretamente em como agir em situações simples. Os sentimentos se confundem, em um bolo de sensações a tempos esquecidas. O ardor no peito da espaço ao borbulhar de encanto, no estomago. Tudo parece muito novo, inclusive o que nos faz recuar da aventura que se faz necessário.

Ouso em dizer usando a pureza de palavras simples que descreveriam complexamente cada pulsar em meu peito. O encanto com sua peculiaridade, de olhar descarado que entrega sem medo, as sensações que passam em um lugar especial por dentro. O constante medo da entrega, o jeito meigo de se deixar encantar. Arriscaria em dizer que na paixão, sentimos o fervor de todo um desejo contido, insaciável. Onde suplicamos por mais um pouco de seu néctar que tanto alimenta meu desejo. O amor, o mais forte dos sentimentos, de sensações intensas, glamoroso em sua descrição, invejável na condição que nos qualifica um ser plenamente amado.

Apaixonar-se pelo sorriso, salivar o beijo, delirar com o sabor, eriçar-se ao toque, almejar a pele, embriagar-se com o cheiro, exalar o desejo, conter-se como nobre expectador da vida em um papel de ser bobamente apaixonado.

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Onde você coloca o Sal?



O velho Mestre pediu a um jovem triste que colocasse uma mão cheia de sal em um copo d’água e bebesse.

- Qual é o gosto? – perguntou o Mestre.
- Ruim – disse o aprendiz.

O Mestre sorriu e pediu ao jovem que pegasse outra mão cheia de sal e levasse a um lago.

Os dois caminharam em silêncio e o jovem jogou o sal no lago.

Então o velho disse:
- Beba um pouco dessa água.

Enquanto a água escorria do queixo do jovem, o Mestre perguntou:
- Qual é o gosto?
- Bom! - disse o rapaz.
- Você sente o gosto do sal? - perguntou o Mestre.
- Não - disse o jovem.

O Mestre então, sentou ao lado do jovem, pegou em suas mãos e disse:

- A dor na vida de uma pessoa não muda. Mas o sabor da dor depende de onde a colocamos. Quando você sentir dor, a única coisa que você deve fazer é aumentar o sentido de tudo o que está a sua volta. É dar mais valor ao que você tem do que ao que você perdeu.

Em outras palavras: é deixar de Ser copo para tornar-se um Lago.


Autor desconhecido

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Olhar


Há quem diga que podemos ver tão fundo, que quase chegamos a alma. Os poetas afirmam poder ler os mais lindos versos de amor em olhos apaixonados. Aqueles de grande imaginação vêem toda uma história em quadrinho, de rabiscos bem feitos de cores vivas. As crianças pode-se ver a pureza de um ser, sem qualquer maldade no coração.

Mas o que teus olhos querem dizer?

Olhos castanhos mel de um contorno diferente, traços de um preto forte, de grande circunferência. Olhos curiosos, de desejos misteriosos. Olhos que até podem dizer pouco, mas com uma complexidade singular. Olhos que me intrigam, fazem perder-me em sua imensidão. Olhos sem interpretação coerente. Olhos que encanta um cafajeste e seduz um romântico, brincas com a poesia sem usar palavras.

As expressões, os desejos, as duvidas/certezas, tornam-se mistérios. Olhos em que hipnotiza e causa devaneios. Aquele me desperta no observador a curiosidade sobre interpretação do reflexo da imagem que miras.

Sua singularidade intrigue-me tanto.

Há por trás do tamanho e expressões, jeito puro e doce de menina, um olhar quente, sedutor, instigadoramente de mulher. Cheio de desejos e vontades contidas, prontas para desabrochar como uma bela flor de primavera.

Intriga-me.

Causa-me medo olhar-lo profundamente. Tão profundo sua dimensão, tão esplendorosa teu fascínio, tão poderoso teu domínio que sobre mim podes ter. Parece-me ter o poder de parar o tempo, perdendo-me em sua grandeza, tirando-me o fôlego por alguns instantes intermináveis. Alcançar seu limite és o desafio que me proponho.

Deixa-me cativar teu olhar para que assim consiga cuidar de teu coração.

Desafio-te a me olhar e deixar interpretar tão fundo quanto jamais foste capaz.

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Tenta


Se conseguir descobrir o que passa em meus pensamentos, saberia que não penso em outra coisa, além de todos aqueles segredos que te contei um dia.
Se conseguir ver em mim, outra pessoa da qual jamais imaginou, irá perceber o quanto sofri e lutei para hoje estar inteira.

Se conseguir sentir o gosto de antes em meus lábios, perceberá que não fui eu quem não mudou de sabores, o seu amor por mim que foi sempre o mesmo.
Se conseguir achar a chave que hoje tranco tudo em mim, iria ter o poder de revelar as maiores sensações vividas intensamente por uma pessoa quando apaixonada.

Se conseguir ter um minuto em meus pensamentos, verá que é um turbilhão de cores formando imagens que se desdobram em música, unindo-se em poesia.
Se conseguir ler em meus olhos tudo o que grita em meu coração, descobrirá o infinito de minha alma, as fraquezas de minha vida, o amor que em mim habita.

Se conseguir o meu carinho, terás a pessoa que sempre quis ao lado para desvendar os mistérios que laça os ciclos de amizades.
Mas, se conseguir despertar em mim a Paixão, terá o domínio das emoções e aventuras por um mundo de brilho incandescente, sabor adocicado e brisa leve.
E se finalmente, deixar-te apaixonar, conseguirá sentir com essas palavras, os olhos brilharem, a respiração descompassar, as mãos até tremeriam no ritmo de um coração vibrante.
Terias fácil, tudo o que jamais recebeu de verdade. Sentirias cada borboleta que alçariam vôo em teu estômago. O êxtase da paixão te levaria para perto de meu domínio em segundos,

Mas, apenas se conseguir...

quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Querer, não é ter

Queria escrever-te palavras bonitas, coisas que talvez, você jamais tenha ouvido, nem eu dito. Queria sentir seu coração saltar ao entender que tudo é para você. Queria te mostrar o quanto podemos ser especial, sem nos sentir aprisionados ao outro. Não é paixão, é carinho. Não é vício, é atenção.

Gostaria de narrar momentos marcantes que ainda não tivemos. Palavras de carinho que ainda não proclamamos. Histórias que ainda não escrevemos. Compartilhar de um sentimento, que ainda não existe.

Gostaria de ser especial para você, assim como deveria ser para mim. A pessoa importante da qual faz falta no dia. Aquela que não sai de seus pensamentos e você nem sabe o porquê da presença constante. Gostaria de te arrancar um sorriso bobo ao lembrar-se daquela piada sem graça que contei tímida. Gostaria que sentisse meu cheiro e buscasse o ponto que estivesse exalando, para senti-lo por mais tempo e sorrir boba ao perceber que não há ninguém com o mesmo perfume, foi uma peça que a saudade te pregou.

Queria ficar em casa nas noites de sábado em tua companhia, buscando assuntos para ter o que falar e no dia seguinte, não reclamar das enormes olheiras. Queria saber a hora de ligar, sem ter que desligar sem graça por ter atrapalhado algo importante que estivesse fazendo. Queria te mandar torpedos e ter a resposta imediata e não saber quando parar de responder. Não, ainda não é paixão, é carinho. Não, ainda não é vício, é atenção.

domingo, 14 de agosto de 2011

O primeiro


Um dia em que tentarei não ficar triste, não chorar, não desejar que passe mais rápido que qualquer outro. Uma dia que deveria ser de comemoração, se não fosse tão vazio. Um dia que fecharei os ouvidos para as músicas que serão dedicadas, que tocaram em todos os lugares que provavelmente, passarei. Uma dia em que marca sua ausência em quatro meses.

É o primeiro de muitos que ainda passarei. Talvez o mais dolorido, mais difícil de encarar. O primeiro sem tua presença, sem ter o êxtase de não saber o que comprar para presenteá-lo. A falta que essa indecisão traz, aumenta em pequenas e constantes dores. O primeiro que não terei teu colo para sentar, teu cheiro para roubar, teu rosto para encher de beijos. A falta de te ouvir chegar em casa, passos ligeiros e já arrastado, só cresce a cada dia. O primeiro em que não combinarei com meus irmãos o melhor horário para surpreendê-lo com um embrulho colorido. A falta de ouvir tua voz grossa, cheia de autoridade, porém mansa e leve ao se dirigir a mim, torna meus dias incompleto. O primeiro em que não desejarei tímida, ‘feliz dia’, já que não estávamos mais tão próximos.

O primeiro em que desejo do fundo do coração, tê-lo por apenas 30 minutos sequer. Para dizê-lo tudo o que não foi dito. Para fazer aquilo que todo mundo diz que devemos fazer, mas sempre deixamos para depois. Para sentir sua pele, seu cheiro, seu colo de Pai. Para ter sua compreensão e respeito, para mostrar-lhe a mulher maravilhosa que ajudou a criar. Para ouvir de sua boca, o quanto está orgulhoso com meu crescimento pessoal e profissional e quer me ver feliz, independente de qualquer coisa. Que não concorda com os absurdos que ouço calada e estará sempre ao meu lado. Talvez ele não tenha sido o melhor pai do mundo, mas foi com certeza, foi o melhor pai que ele pode ser.

Não lembro a ultima vez que disse o quanto o amava, nem sei se já existiu esse dia. Mas tenho certeza que hoje sabes o quanto esse sentimento pulsava em meu peito. Mesmo incompreendido, indiferente nos momentos de revolta, sem vez nas decisões para futuro. Sei que hoje me entende da forma que eu sempre quis explicar e nunca tive oportunidade. Afinal, você também não me dava espaço para conversar minhas aflições de adolescente, nem contar meus projetos de vida adulta.

Sempre desejei , mais do que o ar que hoje respiro, oportunidade de mostrar-me por dentro, que fosse de peito aberto, com compreensão paternal/maternal, por mais que não conseguisse suprir as expectativas. Temos os devidos valores a nos atribuídos, todos somos merecedores da ‘dúvida’. Sei que hoje não o envergonho, sei que tens por mim, uma admiração que jamais poderia, por agora, conhecer-me tão a fundo, todos os pequenos espaços deixados na alma, de uma vida inteira.

Continuo sua pequena, a garotinha de cachos dourados e sorriso fácil de anos atrás. A menininha que te enchia de beijos, carinhos e te solicitava com um nome peculiar. A sua caçula. Hoje, uma mulher buscando independência, direitos e conquistando espaço social. Cheia de marcas deixadas pelo passado de uma relação dramática com a família, mas que ainda pensa em cada um com feições de reconquista platônica. Sei que hoje, me conhece tão bem quanto a mim mesma.

Ainda não consigo elevar minhas orações para que alcance a plenitude em que vives. Sei que entende o quanto luto para isso acontecer naturalmente um dia. Por hoje sinta meu amor, carinho, respeito, admiração e profunda saudade.

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Ainda sem resposta


O que te faz sentir-se preso?

Uma porta fechada e uma janela emperrada? Portões com correntes e enormes cadeados? Um lugar apertado com uma pequena luz ao fundo pra te dar esperança? Algemas? Cordas? Uma cela? Uma jaula, quem sabe? Um relacionamento sufocante? Aquela pessoa ciumenta te ligando a cada 5 minutos? Uma aliança que sela um compromisso que já não vem dando certo a um tempo? Uma obrigação no trabalho? Um prazo a ser cumprido? Uma meta? A escola que parece nada ensinar? Aquela passagem só de ida? Um lugar que te prende? Uma pessoa que precisa de você? Seus ultrapassados pensamentos? Seus antigos conceitos? A sociedade? Hipocrisia alheia? As somente, 24hs que têm um dia? Acusações sem acusado? A vida que idealizarão para você? O que você socialmente, tem que ser? ...

“Os tijolos da prisão se formam para proteger quem esta fora. Os tijolos da casa se formam para proteger quem esta dentro. A pele que recobre o corpo se formam para proteger os órgãos. A proteção pode ser uma incógnita de duas faces.” (autor desconhecido)

terça-feira, 26 de julho de 2011

Em resumo

Ando um pouco decepcionada com minha inspiração, meu poder de encantar com palavras descritas, ultimamente. Me sinto em uma luta diária para extrair idéias que formem textos plausíveis com o que venho sentindo e/ou pensando. Não quero textos dedicados a mais ninguém além de mim, mais nem esses estão saindo da forma que desejo. Uma mistura de sensações que se resumem a um vazio incontido.

Olhando para frente, quase consigo ver um longo caminho a percorrer, cheios de pedras, poeira e paus como obstáculos, mas também consigo ver lindas estradas em paralelo, plana e com flores a decorar - quase posso sentir o cheiro que dali exala - descrevê-lo não deveria ser tão difícil, já que posso escolher qual caminho percorrer e em qual momento mudar o rumo.

Já quando vejo tudo que ficou para trás, me perco em pensamentos que parecem descontrolados, às vezes revoltosos e serenos, outros amorosos e desiludidos e mais alguns com carinho transbordando de esperança. Mais lá atrás, vejo os saudosos incoerentes, evoluídos e deixados para trás como forma de ensinamento. Afinal, também posso escolher as lembranças que serão guardadas e recordadas como dádiva.

E só ao levantar a cabeça firmando-a em meu presente, sinto as novas sensações. Ainda sem nome ou forma, sem tamanho ou dimensão, mas já sorriu com elas. Já reconheço as pequenas conquistas e esforço-me para as novas. Já dissipo as coisas ruins e canalizo tudo de bom. Meu filtro de pensamentos esta funcionando como nunca. Ainda não consegui olhar para os lados e a estranha sensação mudar, mais espero o tempo necessário para sentir-me pronta em todas as direções.

Perceber que essa caminhada é só minha ainda me deixa tensa. Não pela falta de coragem ou de alguém ao lado - ou sim, pela falta de alguém ao lado - que possa compartilhar os detalhes só meus, mas por reconhecer definitivamente que a vida é tão minha quanto o coração que bombeia aqui dentro o sangue para manter-me viva e com isso a responsabilidade de ser feliz independente de qualquer coisa - ou pessoa -. Venho entendendo isso a cada dia, a cada momento, a cada conquista. Afinal, os detalhes sempre estarão aqui, para um dia ser narrado digno de boas lembranças, para quem se permitir ouvir.

terça-feira, 19 de julho de 2011

Éis, crê, vendo



Escrevo versos que só os poetas declamam,
Escrevo para viver.

Escrevo melodias que todo apaixonado quer ouvir,
Escrevo para adorarem.

Escrevo verdades que todos precisam ouvir,
Escrevo para comentarem.

Escrevo dores que você nunca vai ler,
Escrevo para você.

Escrevo coisas que depois não lerei,
Escrevo para sentir.

Escrevo em páginas rabiscadas,
Escrevo para aprender.

Escrevo no papel de minha pele,
Escrevo para não esquecer.

Escrevo mentiras que deveria acreditar,
Escrevo para guardar.

Escrevo o que preciso ouvir de mim mesma,
Escrevo por escrever.

Escrevo.

sábado, 16 de julho de 2011

Lispectotrando


“Meu Deus, me dê a coragem de viver trezentos e sessenta e cinco dias e noites, todos vazios de Tua presença.
Me dê a coragem de considerar esse vazio como uma plenitude. (...)
Faça com que eu possa falar com este vazio tremendo e receber como resposta o amor materno que nutre e embala. (...)
Faça com que a solidão não me destrua. Faça com que minha solidão me sirva de companhia.
Faça com que eu tenha coragem de me enfrentar.
Faça com que eu saiba ficar com o nada e mesmo assim me sentir como se estivesse plena de tudo.
Receba em teus braços o meu pecado de pensar.”



- Clarice Lispector

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Medo

QUERO MAIS NÃO!

Quer saber o que ele significa?
Mesmice.
Engano.
Doença.
Omissão.

Achou pouco? Tem mais.
Morbidez.
Enfado.
Dor.
Ócio.

Ainda não se convenceu? Vejamos:
Masoquismo.
Evasão.
Depressão.
Opressão.

Não é preciso haver um motivo específico para sentirmos medo.
Ele nasce bem pequeno. Cresce sem alarde.
E toma proporções assustadoras!
LIVRE-SE DELE!!!

Semente deixada por K'



- Sinto-me honrada em ter uma de suas produções postadas para que outros leitores possam saborear do gosto de suas palavras. Obrigado!
Trabalharei na possibilidade de outras entrevistas, futuramente. rs

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Dedilhando o pecado


Sou pecadora. Estou condenada a viver com essa pena pela eternidade que terá minha vida medíocre. Cometi os piores crimes, imperdoáveis do catolicismo, e enquanto viver levarei a culpa. São as paixões humanas, deploráveis pessoas que se deixam levar pelo pecado. ‘Pecare’, quer dizer “errar o alvo”. Sempre que pecamos erramos de alvo, qual? O seu coração? Deixa-me vê-lo com os olhos que o amor me presenteia. Não consigo acertar o que não posso ver.

Dedilharei em segredo de confissão. Faça merecedor de tal confiança, não condene meu viver, não julgue minha forma de amar.

Meu corpo tem limites, meus sentimentos, não

Cometi a Gula quando me alimentei do teu calor, querendo sempre mais, já que meu querer é a fusão dos corpos, para tê-la sempre dentro de mim, por inteira. Me alimentei daquilo que pulsava em suas veias, meu sangue tinha teu gosto. Em meu pulmão, o ar era o perfume de tua pele, que senti em porções exageradamente inebriantes. Já não conseguia ver mais alguém, de tanto olhá-la em todos os pequenos momentos. A ânsia de devorá-la por inteiro me permite quase contar os fios finos de teu cabelo macio, perfumado, brilhante. Só não com tanto brilho quanto tua boca umedecida, saborosa. Minha boca saliva constantemente por sua melodia.

A Avareza me segue quando te subtraiu de outras pessoas. Não faço por mal, mas te quero só pra mim, só. Sou avarenta ao vento que toca tua pele e te faz eriçar os pêlos. O sol que esquenta e queima em tua pele, é meu grande rival. Quero que teus poros sintam apenas o sopro de minha respiração, o calor que ela leva a mapear cada centímetro tendo certeza de que esta tudo no lugar. Quero que tua pele sinta apenas meu toque e isso já seja o suficiente.

Tenho Lúxuria em exibir-me com sua beleza e narrar meu amor em qualquer lugar, quero público cada vez maior. Mesmo despenteada na TPM e sem maquiagem. “Olhem todos, minha Deusa, de beleza rara e incomum. Minha Diva, Dona de meu ser, Senhora do meu amor!” Tua beleza reluz e ofusca os olhos de meros mortais que têm que satisfazer-se em vê-la passar do outro lado da rua com um buquê de rosas vermelhas deixadas por um carro colorido e iluminado, tocando músicas que parecem de nosso repertório preferido, declamando palavras apaixonadas dedicadas em seu nome. Não conto moedas para vê-la radiar felicidade e transbordar amor.

Tenho Preguiça de sair quando o sol já não está, pois aproveito-me de cada momento que possa parecer planejado para romantizar e mostrar-te o quanto és inspiradora. Sempre depois de um momento de amor, a preguiça toma forma e não me permite levantar da cama quente, aconchegada em teus braços. O mundo lá fora já não me parece interessante e necessário. Pode tudo acontecer, o tempo passar, mas isto já me basta para viver. Fundamento toda minha vida a razão de te amar.

A Inveja me persegue nas vezes em que saímos na rua. É torturante perceber que todos te olham, te admiram, te desejam. Quero que todas essas pessoas não a vejam, não roubem um minuto de sua beleza. Sei que sou a Senhora de todos esses pontos de visão, mas os invejo, todos seus pensamentos, todos os seus desejos sobre minha Deusa. Vontade de levá-la para um mundo só nosso, de colocá-la onde só eu conseguiria vê-la, admira-la, desejá-la, cresce em meu pensamento.

Conheci a Ira quando não a encontrei. Quando busquei teus braços e senti apenas o vazio crescendo em meu peito. O brilho de teus olhos, sabor de tua boca, delicadeza de tua pele, melodia em tua voz, hoje desconheço o seu sentir. Teu calor já não me esquenta, meus lençóis parece mais frio do que a noite congelada que desce por fora das paredes de meu quarto. A noite sombria me dá medo, porém a solidão de meu aconchego é apavorante. Estou irada com a luz de meu dia, aquela que é chamado de Sol, a estrela fervente e radiante, não está iluminando o suficiente para tamanho escuro que caiu em minha vista. Raiva, ódio, lamento, dor, pena, sofrimento, demência.

Depois de um tempo o Orgulho volta a crescer no peito, dilacerando todas as paredes da solidão, do vazio. Já nada é necessário senão o necessário para voltar a ser feliz. E todo o lamento, sofrimento e dor, passam a ser um aliado em busca de melhores condições de sobrevivência. Um resgate ao mundo. A luz, o calor, o aconchego que faltava. Orgulho-me incansavelmente de todo o passado, de cada lágrima deixada em meu travesseiro, de cada palavra dita, de cada promessa profana. Exageradamente sinto o orgulho de hoje sofrer, mas sofrer como quem viveu, aprendeu, proporcionou, dedicou, jurou e amou em todas as dimensões de meu viver. E isso já basta!

domingo, 26 de junho de 2011

em outras palavras


" Talvez haja muita acidez na lucidez, talvez haja a percepção de detalhes das belezas que nunca reparamos. Quando estamos num turbilhão emocional, as imagens turvas pedem anestesias e a gente acha que obtém algum controle sobre as coisas, porque pensamos que podemos deixar pra cuidar da nossa vida amanhã. Mas à medida que protelamos nossa transformação, à medida que adiamos nossa mudança, adiamos também uma forma nova de sentir outras alegrias. E fechamos os olhos pra quem está ao lado, ou banalizamos um possível encontro que poderia desencadear uma história mais bonita. Ter a felicidade como um propósito, é a coisa mais difícil que conheço. Estamos sempre fugindo de nós mesmos e nos julgamos espertos demais com a porção de pequenas mentiras que nos inventamos. Mas a angústia que vem disso não nos deixa esquecer que só estamos adiando um processo precioso e delicado demais já que podemos continuar nos anestesiando. É preciso estar pronto, mas estar pronto também é transitório. E é preciso lucidez e coragem pra enfrentar o nosso pior inimigo: nós mesmos. Admitir que estamos nos fazendo mal com alguns hábitos ou relacionamentos destrutivos é assustador. E muitas vezes a sensação de impotência é o que impera. Somos imediatistas demais e não queremos sentir dor. Camuflamos nossa infelicidade da forma mais adequada que podemos. E passamos boa parte da vida sendo quem não somos. Até que nos esquecemos de quem somos e vivemos aquela máscara social por tempo demais, mas sempre com aquela sensação de que alguma coisa está fora do lugar, nutrindo relações vazias e breves com medo de sermos descobertos.

Quando entrei em reclusão para organizar o que estava fora do lugar, tive uma das piores sensações da minha vida: era uma espécie de crise de abstinência e a bagunça estava tão arraigada que eu não sabia por onde começar a arrumar as coisas. Foram noites e dias enfrentando a vida de peito aberto, e sangrava. Eu chorava baixo e pedia paciência. E tinha pesadelos todas as noites. Acordava cansada e com o olhar mais triste que já tive.Até que tudo foi se ajeitando aos poucos, dentro do meu tempo e dos meus limites. Eu estava num processo de cura e não percebia.Mas estava buscando avidamente ser quem eu realmente era, ou pelo menos, melhor.

Hoje, eu consigo olhar pro meu passado como uma espectadora. E apontar cada detalhe e cada erro e acerto e cada instante e sensação e fuga. As projeções que fiz, as dependências que criei, as compulsões que tive, hoje são um presente de maturidade e otimismo. Porque comecei a atrair pessoas, histórias e assuntos mais leves, saudáveis. E criei pra mim uma rotina de paz, e deixei de admirar muita gente e aapreciar outras.E vivi muita solidão, muita solitude, muito aconchego também.

Hoje sou tão grata por tudo que doeu, por tudo que sangrou, pelo sono perdido. Retomei o controle da minha vida e estou sendo amada de uma maneira que me deixa mais segura. Perdi meus medos, sobrou apenas a minha fobia de altura. E, por menos que eu tenha escrito, a poesia sempre esteve em mim. "


Texto de Marla de Queiroz

sexta-feira, 24 de junho de 2011

Conselhos?

Mais uma aconselhada. Já me disseram que eu deveria trabalhar com isso. Me saiu bem quando o assunto é relacionamento, dos outros. É tão fácil dar conselhos, fazer com que as pessoas entendam que a vida é para ser vivida plenamente, feliz. Que quando ela é dividida, ganha um sabor ainda mais especial, aquele sabor de orvalho ao amanhecer, o sabor de lua cheia no céu repleto de estrelas, um sabor de frio aquecido por um cobertor e chocolate quente e alguns beijinhos. Mas afinal o que falo, se nada disso tem sabor de fato? Insisto em dizer que todos são saboreados pelos amantes apaixonados.

Poderia ser Conselheira Amorosa, talvez até ganhasse dinheiro com isso, já que depositam em mim, uma confiança repleta de confissões, arrependimentos e possíveis amores eternos. É fácil dizer o que essa pessoa deve fazer, como e quando. Ela simplesmente tem que fazer para ficar bem e não mais sofrer.

No que se diz respeito a mim... Bom, essa deveria ser uma descrição sem importância, já que o autor poucas vezes pode dar opinião em seus textos. Fujamos da regra. Esse blog é meu mesmo!

Só aprendemos com o tempo, experiência e casos passados. Então, entro nesse rol de pessoas que dão conselhos usando a seguinte frase: “Só digo isso, porque já passei e sei como é”. Ninguém sabe como cada um vai lidar com seus problemas, eu só sei que quando eu passei por isso, não foi fácil aprender com eles. Mas aprendi, isso é o que importa no fim das contas.

Pouco se sabe de relacionamentos que duraram a vida inteira no auge, digo no auge mesmo. Sem dificuldades, problemas, dúvidas, incertezas, inseguranças, término, reconciliação, término, juras de amor eterno, enfim.

Vejamos: Todo casal normal, briga. Aqueles que não brigam, pouco duram já que a tolerância não é lapidada. Todo casal normal, sente ciúmes. Já que o ciúme apimenta a relação, mostrando que a pessoa que esta ao seu lado também é desejada, por ser tão especialmente linda e você já não a notava mais assim. Rotina. Todo casal normal, faz planos para sempre. Sendo que ‘para sempre’ não existe, mas nunca ninguém duvida até que provem o contrario. Todo casal normal, faz tantas outras coisas, que chega a ser clichê repeti-las aqui.

Pois é, já passei por isso.

Mas sabe, aprendi uma’ coisa também: Têm tantas pessoas que se desesperam , que ficam mal, que sentem uma saudade de rasgar por dentro, que choram noites afio, que perdem quilos notáveis, mas que no final aprendeu uma gigantesca gama de experiência, que até valeu a pena todo o calvário. Tudo pode acontecer depois e vai ser menos sofrido, porém não menos doloroso.

Se você simplesmente passar por tudo, sem aproveitar cada centímetro de sua dor para se conhecer de fato, tamanho e extremidades, ouso em dizer que você não sofreu, não amou, não soube o que é viver o bastante para dizer que está pronta para encarar a vida de frente, novamente. Ter esperanças de não mais passar pelo sofrimento intenso e buscar fazer diferente desde o novo principio, é a raridade de que todos nos mortais desejamos, poucos conseguem. Não permita que o rancor tome teus pensamentos egoístas, pois assim jamais conhecerá o sentido da felicidade novamente.

Se isso vai acontecer?

Bom, você demorou tempo suficiente vivendo na dor, sofrendo, chorando, sendo consumido por todo esse sentimento ruim, dê um tempo para você. Permita-se ter raiva, chorar essa magoa sofrer essa inveja, doer esse ciúme, quando você menos esperar estará curado de tudo isso e nada mais importará a não ser a vontade de voltar a sorrir.

Se tudo será como antes?

Evidente que não. E deseje isto como você deseja o ar que enche teus pulmões. Nada deve ser como antes. Você não quer ser a mesma pessoa de sempre, você não será. Seja ainda melhor. Madura, experiente e com cede de viver novas coisas.

Se pode dar certo de novo?

Só o tempo lhe dirá. Hoje, olhe apenas por você. Fique bem, seja o seu bem. Sua felicidade não depende dos outros, apenas de você mesma. Os momentos felizes vividos com outras pessoas são simplesmente um complemento de seus dias, que ficam na lembrança por tempo suficiente para fazer-te bem.

Sim, estou ouvindo cada palavra que pronuncio em alto e bom tom. Cada pensamento depositado em palavras. Seguirei a diante, assim como você. Não quero conhecer o amanhã sem aproveitar o hoje. Estou colocando em prática hoje tudo aquilo que aprendi ontem.

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Versos Entoados




Já que o ar que hoje respiro é de natureza inspiradora e aconchegante, tentar descrevê-lo será uma tarefa difícil, mas que me atreverei comentá-lo de modo a despertar vontades a meus leitores de aspirar o mesmo ar.

De povoado à cidade de bons e nobres moradores. Um povo simples de cidade pacata, acolhedora e que tem em seus ares, simpatia e inspiração. De vento frio, sol ardente, povo quente, “arretado”. Não é Bahia, mais fala “oxente”, “mainha” e “abestado”. De pôr-do-sol fácil de se admirar, por entre as arvores frondosas nas ruas ou em suas ladeiras que te proporcionam um camarote natural, de fontes de água doce, fria e límpida. Mata extensa, de um verde inconfundível, ar perfumado, beleza indescritível.
Com poucas festas, mas com fervor em seus costumes. Santo Antônio é padroeiro, “Seu Toinho” para íntimos. Todo ano como manda a tradição, homens fortes e devotos, vão buscar o pau que ostentará a bandeira do Santo casamenteiro. Bandinhas improvisadas com zabumba, pífano e triângulo fazem das ruas um palco aberto para alegrar e quebrar o silêncio rotineiro, roubando risos e alguns passos ritmados de quem por elas passam.
O céu sempre aberto de um azul que encanta, as nuvens fazem desenhos que até parecem arrumados por suas curvas e ondulações metricamente encaixadas. Nas calçadas, senhores e senhoras com muitas histórias para contar, esbanjando simpatia, desejando um bom-dia como em muitos lugares não há. Cabelos brancos que demonstram toda a sabedoria de várias gerações, mãos calejadas de trabalho árduo em sua maioria, em plantações. Puxando o “tí”, em um sotaque “apaixonanti”, me sinto suspeita por ter uma “amanti” que fala “tí amo”, com a língua por entre os “dentís” e um sorriso bobo “di minina”. Chão de terra batida ou pedras encaixadas e em alguns trechos dominada pela urbanização, desfilamos em tapetes de asfalto.
Como não poderia deixar de falar, minha característica preferida para se lembrar. Por aqui passou os cangaceiros, heróis do sertão, “justiceiros dos pobres”, temidos pela população. Pousou por durante muito tempo, deixando marcas e um legado até hoje invejado por alguns que não seguem a sina como manda a tradição.
Estrada de terra batida por onde muitos viajantes passaram, em meio a muita prosa deixaram estórias jamais esquecidas que foram passadas por gerações, alegrava-se por conhecer Dona Barbalha, proprietária de uma casa de vendas que pudera até faltar o que vender, mas a alegria era em abundante doação. Foi assim então que a cidadezinha lá no interior sul do Ceará fora batizada, Barbalha, perpetuando seu nome um legado de simplicidade e aconchego, característico do lugar.

Narrativa em prosa, declamando em canto, descrevendo em versos, cantando um conto, assim me disperso sem muitas rimas, pois poeta não sou, mas como uma boa proseadora contando minha história de admiração e adoração por esse lugar e essa gente que muitos versos entoou.

domingo, 22 de maio de 2011

Cansativo assunto persistente: Bullying


Fiquei encarregada de uma produção voltada a esse tema. Muito fácil, no ponto de vista teórico, mas complexo quando refletido a fundo. Cumprindo também um pedido anteriormente recebido, alias um desafio se assim posso dizer, iniciei um monólogo que venho em um outro post, exibi-lo.

Já é clichê! Muito! Particularmente, não agüento mais ouvir falar dos ‘coitadinhos’ que são xingados e espancados repetidas vezes diariamente em sala de aula onde deveria ser como uma segunda casa, que nos oferece princípios de uma educação social, conforto fraternal e informações disciplinares que levaremos pra toda a vida. O triste é que hoje em dia, à daqueles alunos que voltam para casa com grandes seqüelas emocionais. Traumas irreversíveis, aversão ao local de ensino, desespero e angustia ao imaginar tal situação. Quando não, em tratamento físico e/ou vestindo madeira, de mãos postas, na horizontal, com os olhos que viam as cores a todo instante, que sorriram e choraram, bem fechados, lacrados definitivamente para a vida. Triste realidade mundial.

São atitudes agressivas, verbais ou físicas, intencionais e repetitivas, que ocorrem sem motivação evidente e são exercidas por um ou mais indivíduos, causando dor e angústia ao outro, com o objetivo de intimidar ou agredir a pessoa sem ter a possibilidade ou capacidade de se defender, sendo realizadas dentro de uma relação desigual de forças ou poder.

Bom, o que falar de um tema que todo mundo já conhece? Difícil tarefa, já que qualquer coisa abordada será rebatida com fortes argumentos de conclusão já formulada. Afinal, que ponto de vista abordar? Uma vitima? Sim, claro! Mas qual, afinal o agressor é tão vitima quanto sua vitima. Este vem provavelmente com um histórico longo, bem mais antigo e extenso, bem mais gritante no ponto conturbado psicologicamente falando.

Sabemos que o bullying é um problema mundial, são os “valentões” sociais, que pode acontecer em praticamente qualquer contexto no qual as pessoas interajam. Universidades e escolas, se destacam nas maiores incidências de casos. Mas também pode ser identificado no trabalho e dentro de casa.

São ‘maníacos’ desfilando nas escolas, invadindo seu ‘antigo lar’ em busca de solução drástica para aquela tristeza que por dias, meses e anos foi alimentado de forma asilada, freneticamente doentia. Brincando/jogando com vidas de companheiros de batalha. Sim, batalha diária buscando conhecimento, se alimentando de conteúdos para enfim, terem o futuro que muitos dos pais não tiveram.

A produção foi diferente de todas aquelas que já descreveram, assim imagino e espero. Tentei ser breve na polêmica. A visão do agressor no âmbito escolar. O que supostamente pode levar a uma criança cometer tamanhas barbaridades com colegas. Qual seus possíveis pensamentos e influencias, as cargas da qual ele se apodera e leva por tempos a fio em um escuro e latente interior emocional.

Imaginar e expor esse ponto de vista é liberar-me a acusações; louca, doente, fria, radical... E que seja então, pela arte e defesa de opinião.

domingo, 8 de maio de 2011

Meu Dia das Mães


Antes de dormir tive que acordar, aliás, levantar. Era uma serenata em minha porta. Nem era para mim, mas foi por mim que chamaram para abrir as portas da frente para que o som entrasse com maior potencia e em um volume pertinentemente ensurdecedor para o horário. Era aquela música repetitiva, daquele cantor que eu tenho uma repulsa pessoal, detestável.

‘Quem contratou? Quem está perturbando o silêncio tranqüilo de pessoas que alguns dias pouco conseguem dormir, quando conseguem?’

É dia das mães e só queriam demonstrar o carinho pela Senhora deste Lar nesse dia, de forma meio sem noção, meio estampado demais para quem quer ficar no anominato por algum tempo indeterminado. Mas todo o sentimento egoísta talvez, que preenche cada pessoa dessa casa é a saudade de um pai.

Na escuridão, conseguir achar o interruptor para sinalizar aos “Romeu’s” com carro de som, que já poderiam parar com as convocações no alto-falante. E ao me dirigir à presenteada, recebi como resposta um sinal de negação a aparição e um agradecimento em meio a lágrimas.

Senti vontade de fechar as portas e voltar a minha cama quente. Mas tinha como obrigação justificar a ausência tão esperada. Fui consumida por uma reação incontrolável. As lágrimas voltaram a banhar meu rosto. Os soluços estavam persistentes. As lembranças, trazendo toda a saudade que parecia não manifestar-se.

Fui possuída por uma saudade, a falta daquele que se foi escancarou meio a lágrimas. Lembranças de como eram a véspera desse dia, discutindo o melhor presente, indo comprá-lo juntos, entregando em meio a beijos e abraços. Poderíamos não ser uma família modelo, mas tínhamos nossos rituais em dias especiais.

Foi durante o dia me sentindo triste, vazia, com um aperto no peito, que só nesse descarrego emocional me dei conta do que realmente era aquilo que não sabia descrever ou não queria denominá-lo.

Mãe, este deveria ser um texto para diretamente homenageá-la, para descrever sua importância em minha vida, o quanto deveríamos agir diferente, o quanto deveríamos ser aquelas “melhores amigas” que todos falam. O quanto sinto falta de sentir que a amo incondicionalmente e não consigo me sentir . Deveria ser um daqueles texto que faço em desabafo para crescimento ou até mesmo, nascimento de algo bom, que nos aproxime não pela necessidade de ter que estarmos juntas para enfrentar as barreiras da vida, segurar as pontas que estão soltas, mas para nos entendermos e nos respeitarmos como mãe e filha, com todas as singularidades que existem e ainda mais, com todo o amor que Deus presenteia seus filhos.

Sei que não esta sendo fácil, que não será por muito tempo ainda, mas não precisamos nos ausentar ao compartilhamento dessa dor. Deus tem para nos, propósitos diferentes. Saibamos entender e viver eles em sua sabedoria e intensidade.

Que este dia seja de renascimento do significado do poder e amor de Deus em seu coração. Felicito-a!

segunda-feira, 2 de maio de 2011

2 de Maio



Algum tempo se passou desde sua vinda a esse mundo cheio de insanos. Se acredita em destino, congratulations, ele veio presenteá-lo. Alias, ele veio me presentear.


Mensagens são poucas, palavras parecem resumidas, flores pouco transmitem. Resta-me o sentimento. Aquele que não consigo descrever ou até mesmo, aquele que nem ao menos consigo pouco demonstrar, por sua imensidão e complexidade.


Sinto-me sem inspiração por tamanho brilho de felicidade e radiação de amor, ofuscarem e encandearem minha simples e humilde sabedoria de pouco sabedor, vindo tudo de você. Não, não se sinta culpada. A culpa é tão somente minha por deixar que tudo isso embriague meus sentidos e me faça olhar fixamente a estrela mais brilhante do dia, você. Mas não há estrelas ladeadas ao sol. Você me parece querer tomar todas as atenções de um dia radiante, colorido e corrido, para que todos parem e avistem essa natural beleza. Calma, antes que você se convença disso, deixe-me assumir a culpa, a única provavelmente.


Fiz um acordo com a Lua, poderia dizer que um pacto por tamanho pedido feito e ao que me parece, comprido. Pedi para que deixe-me algumas estrelas no céu, então o poderoso Sol que se destaca pelo calor escaldante e ofuscante luminosidade contribuiu para a beleza da qual implorei para esse dia. Estrelas essas que mesmo sem podermos ver, transmite todas as luzes possíveis para que todos pudessem a você dirigir os melhores adjetivos do dia, para beneficiá-los com o poder de vê-la com tamanha beleza da qual a vejo todos os dias. Culpo-me também, por ter contribuído assim a tamanhas admirações e por todas essas atenções terem sido atribuídas a esse esplendor em pessoa. Egoísmo possivelmente, já que encontro-me desprivilegiada por não poder contemplar essa estrela tão perto quanto sempre quero. Não, a inspiração não me presenteou com belas palavras hoje, mas sim o sentimento que tomou forma, expressões e palavras. Poucas e resumidas, mas com uma complexidade singular.


Venho por meio desta descrição subliminar e esplendorosa, dizer o quanto também me sinto de parabéns, por tamanho amor introduzir em minha vida coisas maravilhosas que sozinha demoraria toda a eternidade para produzir e desfrutar.


Por tamanho orgulho de ter-te em minha vida, venho também narrar todo meu amor, carinho, admiração, compreensão, respeito e tantos outros sinônimos que resumiriam no primeiro destaque.


Te amar me faz uma pessoa melhor. Ter você constantemente em minha vida, me completa como ser humano.



Feliz Dia Meu Amor.




quinta-feira, 21 de abril de 2011

Em Luto


O luto pela segurança pública no pais, foi nacional. O luto pela vida de um familiar, é meu.

Texto escrito e lido na missa de Sétimo dia de falecimento de meu pai.

Para muitos familiares que não conhecia meu lado escritora, foi uma descoberta quase que fascinante.
Para mim, uma forma fácil de usar as palavras de modo simples para descrever o pouco que estou sentindo.

“Hoje, faz sete dias desde sua partida para a vida eterna.
Hoje acredito que ele já tenha se encontrado com o Criador e esteja em paz.
Hoje sei que toda a batalha que todos nos travávamos em busca de prolongar seus dias junto a nos, foi vencida, não pelo cansaço, mas pela vontade de Deus. Afinal, só Ele sabe onde tudo começa e onde tem um fim.
Hoje confio e acredito que toda aquela teimosia, era de propósito. Sim, era o propósito de Deus, para que nos nós uníssemos e nos fizesse entender os seus medos.

Eu não sabia dos reais medos de meu pai.
Não sabia do tamanho do medo que ele tinha de partir, mas sempre soube o quanto ele amava estar entre nós.
Sabia do amor que ele sentia por mim e por meus irmãos.
Sabia do amor incondicional que ele sentia por minha mãe.
Sabia do amor de devoção que ele tinha por minha avó, tias-avó e irmãos.
Sabia do enorme sentimento fraternal por seus poucos amigos.

Sabe o meu pai?
Aquele que estava sempre sorrindo ou falando algumas besteiras pra alguém rir.
Aquele que sentava na calçada de pernas para cima ou ficava de cócoras para jogar conversa fora com quem passava na rua.
Aquele que conversa do o mais humilde morador dessa cidade ao mais distinto doutor, sempre com uma igualdade singular nas palavras.
Ele ta deixando saudades.

Sabe o meu pai?
Aquele que por vezes passou de carro nas ruas, ‘devagar e sempre’.
Eu costumava brincar, dizendo que era uma tartaruga.
Mas que toda a ausência da velocidade era parte de um ritual diário, onde ele fazia de tudo para que o olhar atencioso de seu filho primogênito registrasse e participasse da vida monótona da cidade.
Ele ta deixando saudades.

Sabe o meu pai?
Aquele que algumas vezes pareceu turrão e insensível, na verdade tinha um coração mole e uma sensibilidade oculta.
Aquele que tinha o coração aberto para receber uma visita e uma palavra de atenção para iniciar ou concluir uma conversa.
Aquele que tinha um olhar esverdeado sempre voltado para você com respeito.
Ele ta deixando saudades.

Sabe o meu pai?
Aquele que incontáveis vezes chegou em casa, deitou no chão para que seus filhos quando pequenos pudessem brincar em uma cidade imaginária no seu peito ou costas, enquanto assim, era embalado em um sono tranqüilo, aconchegante.
Aquele que não só para a imaginação de seus filhos quando ainda crianças, mas para muitos amigos, visinhos e parentes foi o mecânico, bombeiro, socorrista, taxista, enfim.
Ele ta deixando saudades.

Sabe o meu pai?
Aquele que no seu ultimo dia ligou e falou com alguns, viu e visitou outros, deixou algumas coisas arrumadas em casa e apenas lembrou-se e externou o cuidado a sua caçula.
Toda aquela preocupação que antes parecia exagero, agora me parece a única forma que ele encontrava para dizer o quanto me amava, o quanto me queria perto, o quanto precisávamos um do outro.
Meu Pai.

São muitos anos de histórias, histórias que agora não serão lembradas no colo dele, mexendo em seu cabelo loiro ou enchendo de beijos sua bochecha que por vezes ficaram rosadas. Histórias que ele não precisou me contar para saber o quanto para ele e para mim foi importante.
Histórias que agora serão lembradas com uma saudade ainda maior.
Sei que ele sente orgulho de mim. Sei também que ele sempre estará olhando por mim, por meus irmãos e por minha mãe de onde quer que ele esteja."



[VWMM] * 05/09/1953 _ ┼ 14/04/2011

sexta-feira, 8 de abril de 2011

O Brasil está em choque

Nesta quinta-feira (dia 7) todas as lentes do mundo voltaram-se para o Rio de Janeiro. Não por seus lindos pontos turísticos, belezas naturais e esculturas humanas que desfilam seu charme e elegância pelas avenidas. Não por seu Cristo Redentor, eleito a 3º Maravilha do Mundo e vista maravilhosa da cidade que nos proporciona aos seus pés. Não pela grande conquista e ocupação de mais algumas favelas, tornando-a pacificada e abrindo caminho para tantas famílias conquistarem o direito de ir e vir sem ter que passar por pontos de drogas ou marginais fortemente armado. Falando nisso, também não por o número exorbitante de toneladas de cocaína, maconha e tantas outras drogas apreendidas, nos quais movimentavam milhões de reais por mês, ilegalmente. Não por nossa economia estar em um bom momento, aquecida, a baixa constante de juros e sem a aterrorizante dívida externa. Claro que também não poderia deixar de ressaltar que não estou falando da nossa primeira Presidenta garantindo e colocando em prática mudanças salariais e apoio a implantação de novas leis, um motivo do qual nos garantirá seguridade e igualdade perante a leis e aos homens.

Hoje dedico um post em meu blog para falar da aterrorizante manhã de quinta, que alunos da rede pública passaram, para onde os olhos do mundo se voltaram arregalados Dizer que a rede pública esta precária, em decadência e abandonada, à algum tempo já é errado. Talvez pela falta de vagas, afinal temos cada vez mais jovens em sala, estudando e se destacando, buscando um futuro diferente de seus pais. Mas por lei governamental, as estruturas físicas e disciplinares nas instituições públicas estão com nova roupagem, bem assistidas e mostrando resultados. Porém, a falta de segurança foi uma grave falha neste dia.

O ser humano é passivo a mudanças, incluo também mudança de caráter. Mas o que falar de uma pessoa que desde sempre manifestou um caráter duvidoso? Excluí-lo da sociedade enquanto é cedo e ainda não manifestou agressividade ou paranóia, seria loucura. Porém, uma pessoa que vive em um universo paralelo, com planos e execuções macabras minuciosamente planejadas, nos faz pensar o porquê dele não ter sido contido enquanto era tempo. Wellington Menezes de Oliveira, 24 anos. Este homem julgado pelos visinhos como inofensivo e tímido protagonizou a maior barbaridade escolar nacional. O maior massacre já registrado no país, o único dessa caracterização, nessa frieza, minuciosamente planejado, desde a saída de casa deixando tudo pronto para que não fossem encontrado nada que desse margem de onde tudo começou, pesquisas, planos e treinos para a cena, à vestimenta, entrada na escola, buscando por uma professora antiga de literatura e justificando estar ali para ministrar uma palestra, a abordagem as vítimas. Armado de dois revólveres calibre 32 e 38, munido de 11 speeds carregados, aparelho que ajuda a carregar a arma de uma vez só e muito sangue frio correndo em suas veias.

Como em uma execução em tempos de Ditadura Hittler, todas as vítimas eram enfileiradas na parede de costa para o maníaco e executadas com frieza. Foi seletivo, buscando executar meninas com tiros certeiros na cabeça ou tórax, de cima para baixo. Os meninos serviram apenas para derramar um pouco mais de sangue e pintar a cena macabra, os tiros eram nas mãos ou pés. Fazendo o mesmo em outra sala. Tomados pelo pânico, muitos conseguiram fugir correndo, trancando-se em outras salas ou indo em direção da saída. Todo o terror só teve fim com a abordagem de um militar, que invadiu a escola em busca do atirador, atingido por um tiro disparando pelo Sargento da Polícia Rodoviária na perna, cometeu o suicídio, com um disparo na cabeça.

Foram mais de cem tiros disparados, quase 60 cápsulas perfuradas na pele de crianças indefesas. Vinte e cinco vitimas gravemente feridas, 20 meninas e 5 meninos. Dentre esses, 10 meninas e 2 meninos vítimas fatais. Uma carta com instruções de como manusear seu corpo, onde enterrá-lo e indicações de repasse de um imóvel foi encontrado em seu bolso, junto com mais munições. Seria ainda pior. O que levou a esse homem acabar com vidas de inocentes e em seguida tirar a sua, é uma questão que talvez nunca saberemos. O Massacre de Realengo, como já ficou conhecido. A população está indignada. Nossos brasileirinhos, com medo de voltar as escolas. O Brasil chocado, em luto.

Rezemos por essas famílias que hoje têm seus filhos enterrados, nos solidarizamos para a divisão da dor dessas mães que tinham planos de um futuro melhor para seus pequenos. Fé e compaixão para essas famílias brutalmente desfalcadas. Deixemos que Deus providencie um julgamento justo para a alma doente deste homem.

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Sol


Acordei no vazio de um quarto claro. Pela janela, os raios de sol invadiram como se alguém precisasse de sua luz, de seu calor. Para falar a verdade, acho que ele tinha razão. Meu sonho, não lembro. Minha noite foi tranquila, por mais que eu tenha acordado algumas vezes, para olhar a imensidão do escuro a minha volta, respirar e suspirar um pouco. Meu quarto parecia não ter teto, por tamanho seu brel, quase pude ver as estrelas. Acho que deixei uma gota sair por meus olhos alguma hora. Deve ter sido sonho. Será que se tivesse tentado um pouco mais, teria mesmo visto as estrelas deitada em minha cama? Quem sabe na próxima vez. Não, não estou triste, só um pouco vazia.

Como naqueles dias em que você acorda desejando ter um namorado e sair da vida de solteira de tanto tempo. Como naqueles dias em que você não encontra nenhum amigo, parece que eles se escondem (ou foi eu que me escondi, de novo? Não!).

Sabe quando você acorda, faz as mesmas coisas de sempre: Toma um banho gelado, escova os dentes, escolhe e veste uma roupa legal, liga a tv, faz e toma o café, escova os dentes² e vai para a faculdade. Mas parece que faltou alguma coisa. Espera, vou ler de novo para ver se identifico. Esqueci de falar das olheiras, elas estão aqui estampadas em um rosto sem expressão refletido no espelho. Mas é claro que eu não preciso revisar para saber o que faltou, isso é tão mais simples quanto uma aula de Educação Física para uma Professora de Educação Física. O “Meu Sorriso” matinal!
Talvez o sol tenha tentado compensar, invadindo, iluminando e aquecendo o lugar, mas parece que ele esqueceu que não pode ir além da minha epiderme. Afinal, o grande necessitado da claridade, calor e invasão saudável é meu coração. Calma, ele não esta doente. Não mais. Mas é sempre bom ter uma atenção extra com ele.

Hoje, reinicia uma busca a mim mesma.
Ah, de novo? Conta outra que essa história já se repetiu e sempre acaba na mesma coisa.
Calma gente, “o coração tem razões, que a própria razão desconfia”. Como posso não dizer que 'reinicio', se estou disposta a isso? Claro, pode ser que dure um dia, dois.. mas pode ser que dessa vez, seja mais demorado, mais sábio, mais racional. Dessa vez tem que ser diferente, pra poder lá na frente olharmos e percebermos o quanto fomos concientes do que não estava nos fazendo bem, não daquela forma. Não precisamos de amor doente, precisando de vida, saúde, para vivermos muito mais coisas maravilhosas com amor.
Essa história, daria um conta de fadas, mas preferia que não tivesse o 'e viveram felizes para sempre', afinal, ainda teremos muito o que viver depois de lançar a história. Quem sabe 'e estão vivendo como Deus quer, felizes'?

Torcidas, orações e pedidos, voltados a você. Certezas, medos e verdades, voltados a mim. Amor, confiança e cumplicidade, voltados a nós. Fé, voltados a Papai do Céu.
Ei, pessoas, Ele sempre escreve certo, acredite! Resta a nos filhos mortais, saber como ler e interpretar cada curva sinuosa e cada ladeira e cada subida, da melhor forma possivel. Ele só da a Cruz do tamanho que você consegue levar, mas não faça disso um fardo, faça disso uma forma de aprendizado.
Afinal, todo mundo sabe que conselho se fosse bom, ninguém daria, faziam era vender. Por isso, todo mundo tem que passar por coisas ruins para saber que aquilo é ruim, todo mundo tem que sofrer para poder viver com sabedoria, todo mundo tem que perder para saber a dar valor.

O sol?
Bom, minhas janelas já estão abertas. Ele vem acompanhado de um vento fresco. Enfeitando e iluminando um céu lindo, azulado e cheio de nuvens desenhadas. Quente, como não podia ser diferente, tratando-se da localização geográfica.
E quem sabe hoje ele também não esteja sorrindo para mim?! Afinal, diferente de outros tempos, estou vendo todas as cores de um dia lindo. Ainda vazio, mas acolhedor. Talvez seja mais uma forma de que Deus se manifestou para poder me dar a certeza de que esta aqui, como sempre e que dessa vez será diferente.


sexta-feira, 1 de abril de 2011

hoje é dia

"Quantas mentiras deveria ter ouvido para acreditar que tudo não passou de ilusão?
As que foram a mim dirigidas, não resultou em nada.
Quantas mentiras devo ter dito acreditando que eram verdades?
Essas de verídicas, nada tiveram.
Quantas vezes menti para esconder uma lágrima?
Tantas que foram as verdades da qual me apeguei.
Quantas verdades falei tentando exibir um sorriso?
Foram poucas de um mundo inventado.
Quantas verdades ainda direi tentando não mentir?
Essas sempre virão".


Hoje, Dia da Mentira:

Há muitas explicações para o 1 de abril ter se transformado no dia das mentiras, dia das petas, dia dos bobos ou dia dos tolos. Uma delas diz que a brincadeira surgiu na França. Desde o começo do século XVI, o Ano Novo era festejado no dia 25 de março, data que marcava a chegada da primavera. As festas duravam uma semana e terminavam no dia 1 de abril. Em 1564, depois da adoção do calendário gregoriano, o rei Carlos IX de França determinou que o ano novo seria comemorado no dia 1 de janeiro. Alguns franceses resistiram à mudança e continuaram a seguir o calendário antigo, pelo qual o ano iniciaria em 1 de abril. Gozadores passaram então a ridicularizá-los, a enviar presentes esquisitos e convites para festas que não existiam. Essas brincadeiras ficaram conhecidas como plaisanteries.
No Brasil, o primeiro de abril começou a ser difundido em Minas Gerais, onde circulou A Mentira, um periódico de vida efêmera, lançado em 1º de abril de 1828, com a notícia do falecimento de Dom Pedro, desmentida no dia seguinte. A Mentira saiu pela última vez em 14 de setembro de 1849, convocando todos os credores para um acerto de contas no dia 1º de abril do ano seguinte, dando como referência um local inexistente.

Supertições: Tradicionalmente, supõe-se que as peças encerrem à meia-noite. Supõe-se que os feitos posteriormente tragam a má sorte ao perpetrador. Contudo, isto não é universalmente aceito, e muitas peças já foram praticadas depois da meia-noite. Alguém que não consegue aceitar os truques, ou tirar proveito deles dentro do espírito da tolerância e do divertimento também deve sofrer com a má sorte. Também se diz que aquele que for enganado por uma bonita menina será recompensado com o matrimônio, ou pelo menos a amizade dela.

Há por ai, alguma linda mulher que queira me fazer acreditar em mentiras ditas como verdades?

Afinal, como diz o poeta Cazuza: “Mentiras sinceras me interessam”.
Assumo que, já me interessou muito mais, mas quem sabe não há quem consiga redispertar minha paciêcia para um mundo fictício.

Só sei que minha única verdade do dia é:
“Não quero uma vida com você, já que não te amo mais. E tenho dito!”

fonte: wikipedia



quarta-feira, 30 de março de 2011

A Pessoa Errada

" Pensando bem, em tudo o que a gente vê, e vivencia, e ouve e pensa,
não existe uma pessoa certa pra gente.
Existe uma pessoa que, se você for parar pra pensar é,
na verdade, a pessoa errada.
Porque a pessoa certa faz tudo certinho
Chega na hora certa,
Fala as coisas certas,
Faz as coisas certas,
Mas nem sempre a gente tá precisando das coisas certas.
Aí é a hora de procurar a pessoa errada.
A pessoa errada te faz perder a cabeça,
Fazer loucuras,
Perder a hora,
Morrer de amor.
A pessoa errada vai ficar um dia sem te procurar,
Que é prá na hora que vocês se encontrarem
A entrega ser muito mais verdadeira.
A pessoa errada, é na verdade, aquilo que a gente chama de pessoa certa.
Essa pessoa vai te fazer chorar,
Mas uma hora depois vai estar enxugando suas lágrimas.
Essa pessoa vai tirar seu sono,
Mas vai te dar em troca uma noite de amor inesquecível.
Essa pessoa talvez te magoe,
E depois te enche de mimos pedindo seu perdão.
Essa pessoa pode não estar 100% do tempo ao seu lado,
Mas vai estar 100% da vida dela esperando você.
Vai estar o tempo todo pensando em você.
A pessoa errada tem que aparecer pra todo mundo
Porque a vida não é certa,
Nada aqui é certo!
O que é certo mesmo, é que temos que viver cada momento, cada segundo
Amando, sorrindo, chorando, emocionando, pensando, agindo, querendo, conseguindo
E só assim é possível chegar àquele momento do dia
Em que a gente diz: "Graças à Deus deu tudo certo"
Quando na verdade,
Tudo o que Ele quer
É que a gente encontre a pessoa errada
Para que as coisas comecem a realmente funcionar direito pra gente. "



Luis Fernando Verissimo .




/ talvez voce seja mesmo a pessoa errada pra mim, a pessoa realmente errada.
Um erro que minha razão deseja curar. A pessoa que meu coração insiste em amar.

sexta-feira, 11 de março de 2011

Passou!


O carnaval já acabou!


Alguns já estão começando a contagem regressiva para o carnaval do ano que vêm, outros nem ao menos pararam de festejar e a menor parte provavelmente, vai ficar de molho sem festas, por algum longo tempo. Doentes e insaciáveis foliões. Doentes sim, muitos hoje estão se tratando das doenças pós-folia: Garganta inflamada, febre, dores sem fim de cabeça, fadiga total muscular, organismo em trabalho acelerado para manter o individuo vivo, com alguns sintomas extremamente ruins, filtrando todas as impurezas causadas pelo álcool e alimentação comprometida ou a falta dela. Muitos hoje, já não estão entre os vivos, afinal foi o carnaval mais violento em acidentes nas rodovias. Incontáveis passagens em hospitais, delegacias e fins trágicos em cemitérios.


A folia foi demais, foi tudo perfeito e você não acredita que foi o pior carnaval? Ok! Alguns dados rodoviários para vocês:
Em várias rodovias importantes do país que ligam interiores a litorais, foi registrado o aumento impressionante do fluxo de veículos. Isso pode ser explicado pela data em que o carnaval começou neste ano. Em 2010, os dias de folia coincidiram com a volta às aulas e com o meio do mês, ou seja, muitos não viajaram por falta de condições financeiras. Já esse ano, o feriadão caiu no primeiro final de semana de Março, o que para mim foi decisivo negativamente, próximo às datas regulares de pagamento de salários, ou seja, muitos atrasarão as dívidas desse mês.
A Operação Carnaval 2011, assim chamado o esquema que movimentou 9.100 policiais rodoviários federais em revezamento, aconteceu em 66 mil quilômetro de rodovias em todo o país.
Em cinco dias, das 8hs do dia 4 até às 23h59 do dia 9 de Março, 213 pessoas morreram em todo o país e 2.441 ficaram feridas, vítimas dos mais de 4.165 acidentes na malha federal. Os índices são superiores a seis dias do ano passado, quando 143 morreram em 3.233 acidentes. Só na terça-feira, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) registrou 23 mortes e 369 feridos em 534 acidentes. Foram realizados pela PRF 34.470 testes de bafômetro, com 1.049 positivos ou seja, 1 irresponsável homicida para cada 32 teste com foliões consciente e que amam a vida e querem aproveitar os melhores momentos da festa. Foram presos por embriaguez, 479 dementes. Ao todo, foram fiscalizados 137.904 pessoas e veículos ao longo de 66 mil quilômetros de rodovias federais que cortam o país. Foram ainda efetuadas 757 prisões por crimes diversos. O que mais predominou foi o tráfico de drogas. A policia tirou de circulação quase 6 mil pedras de crack, 338 quilos de maconha e 935 kg de cocaína pura, avaliado em 5 milhões de reais. Como se já não bastasse o trabalho com os aspirantes a foliões, tinham que se preocupar também com aqueles que resolveram ‘trabalhar’ em pleno feriado, foi recuperada uma carga roubada de 525 notebooks, com valor aproximado a um milhão de reais e 40 notas de R$ 50 reais falsificadas, com jovens com idade entre 18 e 23 anos em um veículo. Esses iam se divertir muito, pagar todas suas contas e voltar com troco.

Nem está entre esses dados os números de acidentes no meio das micaretas com feridos e mais alguns mortos, prisões de bêbados encrenqueiros que tentam acabar com a festa de tantas pessoas que vão ali se divertir. Esses dados ficaram para o acompanhamento diário nos jornais e noticiários de televisão e internet.
Muitas famílias tiveram seu carnaval interrompido por uma tragédia, ainda é possível encontrar foliões hospitalizados, vítimas ou causadores dos danos, muitos ainda estão curtindo em alguns estados, outros já voltaram para casa e estão se recuperando para quem sabe voltar ao trabalho e estudo, e a vida normal.

Enfim, o carnaval acabou!



Fonte: dprf.gov.br