
Texto de Arnaldo Jabor
As sementes são deixadas e regadas, irão florir e compor um esplendoroso jardim, em seu coração.



O tempo passa, muitos fatos acontecem e as coisas finalmente mudam. A forma de pensar interfere diretamente em como agir em situações simples. Os sentimentos se confundem, em um bolo de sensações a tempos esquecidas. O ardor no peito da espaço ao borbulhar de encanto, no estomago. Tudo parece muito novo, inclusive o que nos faz recuar da aventura que se faz necessário.
Ouso em dizer usando a pureza de palavras simples que descreveriam complexamente cada pulsar em meu peito. O encanto com sua peculiaridade, de olhar descarado que entrega sem medo, as sensações que passam em um lugar especial por dentro. O constante medo da entrega, o jeito meigo de se deixar encantar. Arriscaria em dizer que na paixão, sentimos o fervor de todo um desejo contido, insaciável. Onde suplicamos por mais um pouco de seu néctar que tanto alimenta meu desejo. O amor, o mais forte dos sentimentos, de sensações intensas, glamoroso em sua descrição, invejável na condição que nos qualifica um ser plenamente amado.
Apaixonar-se pelo sorriso, salivar o beijo, delirar com o sabor, eriçar-se ao toque, almejar a pele, embriagar-se com o cheiro, exalar o desejo, conter-se como nobre expectador da vida em um papel de ser bobamente apaixonado.


Mas o que teus olhos querem dizer?
Olhos castanhos mel de um contorno diferente, traços de um preto forte, de grande circunferência. Olhos curiosos, de desejos misteriosos. Olhos que até podem dizer pouco, mas com uma complexidade singular. Olhos que me intrigam, fazem perder-me em sua imensidão. Olhos sem interpretação coerente. Olhos que encanta um cafajeste e seduz um romântico, brincas com a poesia sem usar palavras.
As expressões, os desejos, as duvidas/certezas, tornam-se mistérios. Olhos em que hipnotiza e causa devaneios. Aquele me desperta no observador a curiosidade sobre interpretação do reflexo da imagem que miras.
Sua singularidade intrigue-me tanto.
Há por trás do tamanho e expressões, jeito puro e doce de menina, um olhar quente, sedutor, instigadoramente de mulher. Cheio de desejos e vontades contidas, prontas para desabrochar como uma bela flor de primavera.
Intriga-me.
Causa-me medo olhar-lo profundamente. Tão profundo sua dimensão, tão esplendorosa teu fascínio, tão poderoso teu domínio que sobre mim podes ter. Parece-me ter o poder de parar o tempo, perdendo-me em sua grandeza, tirando-me o fôlego por alguns instantes intermináveis. Alcançar seu limite és o desafio que me proponho.
Deixa-me cativar teu olhar para que assim consiga cuidar de teu coração.
Desafio-te a me olhar e deixar interpretar tão fundo quanto jamais foste capaz.


Queria escrever-te palavras bonitas, coisas que talvez, você jamais tenha ouvido, nem eu dito. Queria sentir seu coração saltar ao entender que tudo é para você. Queria te mostrar o quanto podemos ser especial, sem nos sentir aprisionados ao outro. Não é paixão, é carinho. Não é vício, é atenção.
Gostaria de narrar momentos marcantes que ainda não tivemos. Palavras de carinho que ainda não proclamamos. Histórias que ainda não escrevemos. Compartilhar de um sentimento, que ainda não existe.
Gostaria de ser especial para você, assim como deveria ser para mim. A pessoa importante da qual faz falta no dia. Aquela que não sai de seus pensamentos e você nem sabe o porquê da presença constante. Gostaria de te arrancar um sorriso bobo ao lembrar-se daquela piada sem graça que contei tímida. Gostaria que sentisse meu cheiro e buscasse o ponto que estivesse exalando, para senti-lo por mais tempo e sorrir boba ao perceber que não há ninguém com o mesmo perfume, foi uma peça que a saudade te pregou.
Queria ficar em casa nas noites de sábado em tua companhia, buscando assuntos para ter o que falar e no dia seguinte, não reclamar das enormes olheiras. Queria saber a hora de ligar, sem ter que desligar sem graça por ter atrapalhado algo importante que estivesse fazendo. Queria te mandar torpedos e ter a resposta imediata e não saber quando parar de responder. Não, ainda não é paixão, é carinho. Não, ainda não é vício, é atenção.
Um dia em que tentarei não ficar triste, não chorar, não desejar que passe mais rápido que qualquer outro. Uma dia que deveria ser de comemoração, se não fosse tão vazio. Um dia que fecharei os ouvidos para as músicas que serão dedicadas, que tocaram em todos os lugares que provavelmente, passarei. Uma dia em que marca sua ausência em quatro meses.
É o primeiro de muitos que ainda passarei. Talvez o mais dolorido, mais difícil de encarar. O primeiro sem tua presença, sem ter o êxtase de não saber o que comprar para presenteá-lo. A falta que essa indecisão traz, aumenta em pequenas e constantes dores. O primeiro que não terei teu colo para sentar, teu cheiro para roubar, teu rosto para encher de beijos. A falta de te ouvir chegar em casa, passos ligeiros e já arrastado, só cresce a cada dia. O primeiro em que não combinarei com meus irmãos o melhor horário para surpreendê-lo com um embrulho colorido. A falta de ouvir tua voz grossa, cheia de autoridade, porém mansa e leve ao se dirigir a mim, torna meus dias incompleto. O primeiro em que não desejarei tímida, ‘feliz dia’, já que não estávamos mais tão próximos.
O primeiro em que desejo do fundo do coração, tê-lo por apenas 30 minutos sequer. Para dizê-lo tudo o que não foi dito. Para fazer aquilo que todo mundo diz que devemos fazer, mas sempre deixamos para depois. Para sentir sua pele, seu cheiro, seu colo de Pai. Para ter sua compreensão e respeito, para mostrar-lhe a mulher maravilhosa que ajudou a criar. Para ouvir de sua boca, o quanto está orgulhoso com meu crescimento pessoal e profissional e quer me ver feliz, independente de qualquer coisa. Que não concorda com os absurdos que ouço calada e estará sempre ao meu lado. Talvez ele não tenha sido o melhor pai do mundo, mas foi com certeza, foi o melhor pai que ele pode ser.
Não lembro a ultima vez que disse o quanto o amava, nem sei se já existiu esse dia. Mas tenho certeza que hoje sabes o quanto esse sentimento pulsava em meu peito. Mesmo incompreendido, indiferente nos momentos de revolta, sem vez nas decisões para futuro. Sei que hoje me entende da forma que eu sempre quis explicar e nunca tive oportunidade. Afinal, você também não me dava espaço para conversar minhas aflições de adolescente, nem contar meus projetos de vida adulta.
Sempre desejei , mais do que o ar que hoje respiro, oportunidade de mostrar-me por dentro, que fosse de peito aberto, com compreensão paternal/maternal, por mais que não conseguisse suprir as expectativas. Temos os devidos valores a nos atribuídos, todos somos merecedores da ‘dúvida’. Sei que hoje não o envergonho, sei que tens por mim, uma admiração que jamais poderia, por agora, conhecer-me tão a fundo, todos os pequenos espaços deixados na alma, de uma vida inteira.
Continuo sua pequena, a garotinha de cachos dourados e sorriso fácil de anos atrás. A menininha que te enchia de beijos, carinhos e te solicitava com um nome peculiar. A sua caçula. Hoje, uma mulher buscando independência, direitos e conquistando espaço social. Cheia de marcas deixadas pelo passado de uma relação dramática com a família, mas que ainda pensa em cada um com feições de reconquista platônica. Sei que hoje, me conhece tão bem quanto a mim mesma.
Ainda não consigo elevar minhas orações para que alcance a plenitude em que vives. Sei que entende o quanto luto para isso acontecer naturalmente um dia. Por hoje sinta meu amor, carinho, respeito, admiração e profunda saudade.

O que te faz sentir-se preso?
Uma porta fechada e uma janela emperrada? Portões com correntes e enormes cadeados? Um lugar apertado com uma pequena luz ao fundo pra te dar esperança? Algemas? Cordas? Uma cela? Uma jaula, quem sabe? Um relacionamento sufocante? Aquela pessoa ciumenta te ligando a cada 5 minutos? Uma aliança que sela um compromisso que já não vem dando certo a um tempo? Uma obrigação no trabalho? Um prazo a ser cumprido? Uma meta? A escola que parece nada ensinar? Aquela passagem só de ida? Um lugar que te prende? Uma pessoa que precisa de você? Seus ultrapassados pensamentos? Seus antigos conceitos? A sociedade? Hipocrisia alheia? As somente, 24hs que têm um dia? Acusações sem acusado? A vida que idealizarão para você? O que você socialmente, tem que ser? ...
“Os tijolos da prisão se formam para proteger quem esta fora. Os tijolos da casa se formam para proteger quem esta dentro. A pele que recobre o corpo se formam para proteger os órgãos. A proteção pode ser uma incógnita de duas faces.” (autor desconhecido)

Ando um pouco decepcionada com minha inspiração, meu poder de encantar com palavras descritas, ultimamente. Me sinto em uma luta diária para extrair idéias que formem textos plausíveis com o que venho sentindo e/ou pensando. Não quero textos dedicados a mais ninguém além de mim, mais nem esses estão saindo da forma que desejo. Uma mistura de sensações que se resumem a um vazio incontido.
Olhando para frente, quase consigo ver um longo caminho a percorrer, cheios de pedras, poeira e paus como obstáculos, mas também consigo ver lindas estradas em paralelo, plana e com flores a decorar - quase posso sentir o cheiro que dali exala - descrevê-lo não deveria ser tão difícil, já que posso escolher qual caminho percorrer e em qual momento mudar o rumo.
Já quando vejo tudo que ficou para trás, me perco em pensamentos que parecem descontrolados, às vezes revoltosos e serenos, outros amorosos e desiludidos e mais alguns com carinho transbordando de esperança. Mais lá atrás, vejo os saudosos incoerentes, evoluídos e deixados para trás como forma de ensinamento. Afinal, também posso escolher as lembranças que serão guardadas e recordadas como dádiva.
E só ao levantar a cabeça firmando-a em meu presente, sinto as novas sensações. Ainda sem nome ou forma, sem tamanho ou dimensão, mas já sorriu com elas. Já reconheço as pequenas conquistas e esforço-me para as novas. Já dissipo as coisas ruins e canalizo tudo de bom. Meu filtro de pensamentos esta funcionando como nunca. Ainda não consegui olhar para os lados e a estranha sensação mudar, mais espero o tempo necessário para sentir-me pronta em todas as direções.
Perceber que essa caminhada é só minha ainda me deixa tensa. Não pela falta de coragem ou de alguém ao lado - ou sim, pela falta de alguém ao lado - que possa compartilhar os detalhes só meus, mas por reconhecer definitivamente que a vida é tão minha quanto o coração que bombeia aqui dentro o sangue para manter-me viva e com isso a responsabilidade de ser feliz independente de qualquer coisa - ou pessoa -. Venho entendendo isso a cada dia, a cada momento, a cada conquista. Afinal, os detalhes sempre estarão aqui, para um dia ser narrado digno de boas lembranças, para quem se permitir ouvir.



QUERO MAIS NÃO!
Sou pecadora. Estou condenada a viver com essa pena pela eternidade que terá minha vida medíocre. Cometi os piores crimes, imperdoáveis do catolicismo, e enquanto viver levarei a culpa. São as paixões humanas, deploráveis pessoas que se deixam levar pelo pecado. ‘Pecare’, quer dizer “errar o alvo”. Sempre que pecamos erramos de alvo, qual? O seu coração? Deixa-me vê-lo com os olhos que o amor me presenteia. Não consigo acertar o que não posso ver.
Dedilharei em segredo de confissão. Faça merecedor de tal confiança, não condene meu viver, não julgue minha forma de amar.
Meu corpo tem limites, meus sentimentos, não
Cometi a Gula quando me alimentei do teu calor, querendo sempre mais, já que meu querer é a fusão dos corpos, para tê-la sempre dentro de mim, por inteira. Me alimentei daquilo que pulsava em suas veias, meu sangue tinha teu gosto. Em meu pulmão, o ar era o perfume de tua pele, que senti em porções exageradamente inebriantes. Já não conseguia ver mais alguém, de tanto olhá-la em todos os pequenos momentos. A ânsia de devorá-la por inteiro me permite quase contar os fios finos de teu cabelo macio, perfumado, brilhante. Só não com tanto brilho quanto tua boca umedecida, saborosa. Minha boca saliva constantemente por sua melodia.
A Avareza me segue quando te subtraiu de outras pessoas. Não faço por mal, mas te quero só pra mim, só. Sou avarenta ao vento que toca tua pele e te faz eriçar os pêlos. O sol que esquenta e queima em tua pele, é meu grande rival. Quero que teus poros sintam apenas o sopro de minha respiração, o calor que ela leva a mapear cada centímetro tendo certeza de que esta tudo no lugar. Quero que tua pele sinta apenas meu toque e isso já seja o suficiente.
Tenho Lúxuria em exibir-me com sua beleza e narrar meu amor em qualquer lugar, quero público cada vez maior. Mesmo despenteada na TPM e sem maquiagem. “Olhem todos, minha Deusa, de beleza rara e incomum. Minha Diva, Dona de meu ser, Senhora do meu amor!” Tua beleza reluz e ofusca os olhos de meros mortais que têm que satisfazer-se em vê-la passar do outro lado da rua com um buquê de rosas vermelhas deixadas por um carro colorido e iluminado, tocando músicas que parecem de nosso repertório preferido, declamando palavras apaixonadas dedicadas em seu nome. Não conto moedas para vê-la radiar felicidade e transbordar amor.
Tenho Preguiça de sair quando o sol já não está, pois aproveito-me de cada momento que possa parecer planejado para romantizar e mostrar-te o quanto és inspiradora. Sempre depois de um momento de amor, a preguiça toma forma e não me permite levantar da cama quente, aconchegada em teus braços. O mundo lá fora já não me parece interessante e necessário. Pode tudo acontecer, o tempo passar, mas isto já me basta para viver. Fundamento toda minha vida a razão de te amar.
A Inveja me persegue nas vezes em que saímos na rua. É torturante perceber que todos te olham, te admiram, te desejam. Quero que todas essas pessoas não a vejam, não roubem um minuto de sua beleza. Sei que sou a Senhora de todos esses pontos de visão, mas os invejo, todos seus pensamentos, todos os seus desejos sobre minha Deusa. Vontade de levá-la para um mundo só nosso, de colocá-la onde só eu conseguiria vê-la, admira-la, desejá-la, cresce em meu pensamento.
Conheci a Ira quando não a encontrei. Quando busquei teus braços e senti apenas o vazio crescendo em meu peito. O brilho de teus olhos, sabor de tua boca, delicadeza de tua pele, melodia em tua voz, hoje desconheço o seu sentir. Teu calor já não me esquenta, meus lençóis parece mais frio do que a noite congelada que desce por fora das paredes de meu quarto. A noite sombria me dá medo, porém a solidão de meu aconchego é apavorante. Estou irada com a luz de meu dia, aquela que é chamado de Sol, a estrela fervente e radiante, não está iluminando o suficiente para tamanho escuro que caiu em minha vista. Raiva, ódio, lamento, dor, pena, sofrimento, demência.
Depois de um tempo o Orgulho volta a crescer no peito, dilacerando todas as paredes da solidão, do vazio. Já nada é necessário senão o necessário para voltar a ser feliz. E todo o lamento, sofrimento e dor, passam a ser um aliado em busca de melhores condições de sobrevivência. Um resgate ao mundo. A luz, o calor, o aconchego que faltava. Orgulho-me incansavelmente de todo o passado, de cada lágrima deixada em meu travesseiro, de cada palavra dita, de cada promessa profana. Exageradamente sinto o orgulho de hoje sofrer, mas sofrer como quem viveu, aprendeu, proporcionou, dedicou, jurou e amou em todas as dimensões de meu viver. E isso já basta!

" Talvez haja muita acidez na lucidez, talvez haja a percepção de detalhes das belezas que nunca reparamos. Quando estamos num turbilhão emocional, as imagens turvas pedem anestesias e a gente acha que obtém algum controle sobre as coisas, porque pensamos que podemos deixar pra cuidar da nossa vida amanhã. Mas à medida que protelamos nossa transformação, à medida que adiamos nossa mudança, adiamos também uma forma nova de sentir outras alegrias. E fechamos os olhos pra quem está ao lado, ou banalizamos um possível encontro que poderia desencadear uma história mais bonita. Ter a felicidade como um propósito, é a coisa mais difícil que conheço. Estamos sempre fugindo de nós mesmos e nos julgamos espertos demais com a porção de pequenas mentiras que nos inventamos. Mas a angústia que vem disso não nos deixa esquecer que só estamos adiando um processo precioso e delicado demais já que podemos continuar nos anestesiando. É preciso estar pronto, mas estar pronto também é transitório. E é preciso lucidez e coragem pra enfrentar o nosso pior inimigo: nós mesmos. Admitir que estamos nos fazendo mal com alguns hábitos ou relacionamentos destrutivos é assustador. E muitas vezes a sensação de impotência é o que impera. Somos imediatistas demais e não queremos sentir dor. Camuflamos nossa infelicidade da forma mais adequada que podemos. E passamos boa parte da vida sendo quem não somos. Até que nos esquecemos de quem somos e vivemos aquela máscara social por tempo demais, mas sempre com aquela sensação de que alguma coisa está fora do lugar, nutrindo relações vazias e breves com medo de sermos descobertos.
Quando entrei em reclusão para organizar o que estava fora do lugar, tive uma das piores sensações da minha vida: era uma espécie de crise de abstinência e a bagunça estava tão arraigada que eu não sabia por onde começar a arrumar as coisas. Foram noites e dias enfrentando a vida de peito aberto, e sangrava. Eu chorava baixo e pedia paciência. E tinha pesadelos todas as noites. Acordava cansada e com o olhar mais triste que já tive.Até que tudo foi se ajeitando aos poucos, dentro do meu tempo e dos meus limites. Eu estava num processo de cura e não percebia.Mas estava buscando avidamente ser quem eu realmente era, ou pelo menos, melhor.
Hoje, eu consigo olhar pro meu passado como uma espectadora. E apontar cada detalhe e cada erro e acerto e cada instante e sensação e fuga. As projeções que fiz, as dependências que criei, as compulsões que tive, hoje são um presente de maturidade e otimismo. Porque comecei a atrair pessoas, histórias e assuntos mais leves, saudáveis. E criei pra mim uma rotina de paz, e deixei de admirar muita gente e aapreciar outras.E vivi muita solidão, muita solitude, muito aconchego também.
Hoje sou tão grata por tudo que doeu, por tudo que sangrou, pelo sono perdido. Retomei o controle da minha vida e estou sendo amada de uma maneira que me deixa mais segura. Perdi meus medos, sobrou apenas a minha fobia de altura. E, por menos que eu tenha escrito, a poesia sempre esteve em mim. "

Mais uma aconselhada. Já me disseram que eu deveria trabalhar com isso. Me saiu bem quando o assunto é relacionamento, dos outros. É tão fácil dar conselhos, fazer com que as pessoas entendam que a vida é para ser vivida plenamente, feliz. Que quando ela é dividida, ganha um sabor ainda mais especial, aquele sabor de orvalho ao amanhecer, o sabor de lua cheia no céu repleto de estrelas, um sabor de frio aquecido por um cobertor e chocolate quente e alguns beijinhos. Mas afinal o que falo, se nada disso tem sabor de fato? Insisto em dizer que todos são saboreados pelos amantes apaixonados.
Poderia ser Conselheira Amorosa, talvez até ganhasse dinheiro com isso, já que depositam em mim, uma confiança repleta de confissões, arrependimentos e possíveis amores eternos. É fácil dizer o que essa pessoa deve fazer, como e quando. Ela simplesmente tem que fazer para ficar bem e não mais sofrer.
No que se diz respeito a mim... Bom, essa deveria ser uma descrição sem importância, já que o autor poucas vezes pode dar opinião em seus textos. Fujamos da regra. Esse blog é meu mesmo!
Só aprendemos com o tempo, experiência e casos passados. Então, entro nesse rol de pessoas que dão conselhos usando a seguinte frase: “Só digo isso, porque já passei e sei como é”. Ninguém sabe como cada um vai lidar com seus problemas, eu só sei que quando eu passei por isso, não foi fácil aprender com eles. Mas aprendi, isso é o que importa no fim das contas.
Pouco se sabe de relacionamentos que duraram a vida inteira no auge, digo no auge mesmo. Sem dificuldades, problemas, dúvidas, incertezas, inseguranças, término, reconciliação, término, juras de amor eterno, enfim.
Vejamos: Todo casal normal, briga. Aqueles que não brigam, pouco duram já que a tolerância não é lapidada. Todo casal normal, sente ciúmes. Já que o ciúme apimenta a relação, mostrando que a pessoa que esta ao seu lado também é desejada, por ser tão especialmente linda e você já não a notava mais assim. Rotina. Todo casal normal, faz planos para sempre. Sendo que ‘para sempre’ não existe, mas nunca ninguém duvida até que provem o contrario. Todo casal normal, faz tantas outras coisas, que chega a ser clichê repeti-las aqui.
Pois é, já passei por isso.
Mas sabe, aprendi uma’ coisa também: Têm tantas pessoas que se desesperam , que ficam mal, que sentem uma saudade de rasgar por dentro, que choram noites afio, que perdem quilos notáveis, mas que no final aprendeu uma gigantesca gama de experiência, que até valeu a pena todo o calvário. Tudo pode acontecer depois e vai ser menos sofrido, porém não menos doloroso.
Se você simplesmente passar por tudo, sem aproveitar cada centímetro de sua dor para se conhecer de fato, tamanho e extremidades, ouso em dizer que você não sofreu, não amou, não soube o que é viver o bastante para dizer que está pronta para encarar a vida de frente, novamente. Ter esperanças de não mais passar pelo sofrimento intenso e buscar fazer diferente desde o novo principio, é a raridade de que todos nos mortais desejamos, poucos conseguem. Não permita que o rancor tome teus pensamentos egoístas, pois assim jamais conhecerá o sentido da felicidade novamente.
Se isso vai acontecer?
Bom, você demorou tempo suficiente vivendo na dor, sofrendo, chorando, sendo consumido por todo esse sentimento ruim, dê um tempo para você. Permita-se ter raiva, chorar essa magoa sofrer essa inveja, doer esse ciúme, quando você menos esperar estará curado de tudo isso e nada mais importará a não ser a vontade de voltar a sorrir.
Se tudo será como antes?
Evidente que não. E deseje isto como você deseja o ar que enche teus pulmões. Nada deve ser como antes. Você não quer ser a mesma pessoa de sempre, você não será. Seja ainda melhor. Madura, experiente e com cede de viver novas coisas.
Se pode dar certo de novo?
Só o tempo lhe dirá. Hoje, olhe apenas por você. Fique bem, seja o seu bem. Sua felicidade não depende dos outros, apenas de você mesma. Os momentos felizes vividos com outras pessoas são simplesmente um complemento de seus dias, que ficam na lembrança por tempo suficiente para fazer-te bem.
Sim, estou ouvindo cada palavra que pronuncio em alto e bom tom. Cada pensamento depositado em palavras. Seguirei a diante, assim como você. Não quero conhecer o amanhã sem aproveitar o hoje. Estou colocando em prática hoje tudo aquilo que aprendi ontem.


Fiquei encarregada de uma produção voltada a esse tema. Muito fácil, no ponto de vista teórico, mas complexo quando refletido a fundo. Cumprindo também um pedido anteriormente recebido, alias um desafio se assim posso dizer, iniciei um monólogo que venho em um outro post, exibi-lo.
Já é clichê! Muito! Particularmente, não agüento mais ouvir falar dos ‘coitadinhos’ que são xingados e espancados repetidas vezes diariamente em sala de aula onde deveria ser como uma segunda casa, que nos oferece princípios de uma educação social, conforto fraternal e informações disciplinares que levaremos pra toda a vida. O triste é que hoje em dia, à daqueles alunos que voltam para casa com grandes seqüelas emocionais. Traumas irreversíveis, aversão ao local de ensino, desespero e angustia ao imaginar tal situação. Quando não, em tratamento físico e/ou vestindo madeira, de mãos postas, na horizontal, com os olhos que viam as cores a todo instante, que sorriram e choraram, bem fechados, lacrados definitivamente para a vida. Triste realidade mundial.
São atitudes agressivas, verbais ou físicas, intencionais e repetitivas, que ocorrem sem motivação evidente e são exercidas por um ou mais indivíduos, causando dor e angústia ao outro, com o objetivo de intimidar ou agredir a pessoa sem ter a possibilidade ou capacidade de se defender, sendo realizadas dentro de uma relação desigual de forças ou poder.
Bom, o que falar de um tema que todo mundo já conhece? Difícil tarefa, já que qualquer coisa abordada será rebatida com fortes argumentos de conclusão já formulada. Afinal, que ponto de vista abordar? Uma vitima? Sim, claro! Mas qual, afinal o agressor é tão vitima quanto sua vitima. Este vem provavelmente com um histórico longo, bem mais antigo e extenso, bem mais gritante no ponto conturbado psicologicamente falando.
Sabemos que o bullying
São ‘maníacos’ desfilando nas escolas, invadindo seu ‘antigo lar’ em busca de solução drástica para aquela tristeza que por dias, meses e anos foi alimentado de forma asilada, freneticamente doentia. Brincando/jogando com vidas de companheiros de batalha. Sim, batalha diária buscando conhecimento, se alimentando de conteúdos para enfim, terem o futuro que muitos dos pais não tiveram.
A produção foi diferente de todas aquelas que já descreveram, assim imagino e espero. Tentei ser breve na polêmica. A visão do agressor no âmbito escolar. O que supostamente pode levar a uma criança cometer tamanhas barbaridades com colegas. Qual seus possíveis pensamentos e influencias, as cargas da qual ele se apodera e leva por tempos a fio em um escuro e latente interior emocional.
Imaginar e expor esse ponto de vista é liberar-me a acusações; louca, doente, fria, radical... E que seja então, pela arte e defesa de opinião.

Antes de dormir tive que acordar, aliás, levantar. Era uma serenata em minha porta. Nem era para mim, mas foi por mim que chamaram para abrir as portas da frente para que o som entrasse com maior potencia e em um volume pertinentemente ensurdecedor para o horário. Era aquela música repetitiva, daquele cantor que eu tenho uma repulsa pessoal, detestável.
‘Quem contratou? Quem está perturbando o silêncio tranqüilo de pessoas que alguns dias pouco conseguem dormir, quando conseguem?’
É dia das mães e só queriam demonstrar o carinho pela Senhora deste Lar nesse dia, de forma meio sem noção, meio estampado demais para quem quer ficar no anominato por algum tempo indeterminado. Mas todo o sentimento egoísta talvez, que preenche cada pessoa dessa casa é a saudade de um pai.
Na escuridão, conseguir achar o interruptor para sinalizar aos “Romeu’s” com carro de som, que já poderiam parar com as convocações no alto-falante. E ao me dirigir à presenteada, recebi como resposta um sinal de negação a aparição e um agradecimento em meio a lágrimas.
Senti vontade de fechar as portas e voltar a minha cama quente. Mas tinha como obrigação justificar a ausência tão esperada. Fui consumida por uma reação incontrolável. As lágrimas voltaram a banhar meu rosto. Os soluços estavam persistentes. As lembranças, trazendo toda a saudade que parecia não manifestar-se.
Fui possuída por uma saudade, a falta daquele que se foi escancarou meio a lágrimas. Lembranças de como eram a véspera desse dia, discutindo o melhor presente, indo comprá-lo juntos, entregando em meio a beijos e abraços. Poderíamos não ser uma família modelo, mas tínhamos nossos rituais em dias especiais.
Foi durante o dia me sentindo triste, vazia, com um aperto no peito, que só nesse descarrego emocional me dei conta do que realmente era aquilo que não sabia descrever ou não queria denominá-lo.
Mãe, este deveria ser um texto para diretamente homenageá-la, para descrever sua importância em minha vida, o quanto deveríamos agir diferente, o quanto deveríamos ser aquelas “melhores amigas” que todos falam. O quanto sinto falta de sentir que a amo incondicionalmente e não consigo me sentir . Deveria ser um daqueles texto que faço em desabafo para crescimento ou até mesmo, nascimento de algo bom, que nos aproxime não pela necessidade de ter que estarmos juntas para enfrentar as barreiras da vida, segurar as pontas que estão soltas, mas para nos entendermos e nos respeitarmos como mãe e filha, com todas as singularidades que existem e ainda mais, com todo o amor que Deus presenteia seus filhos.
Sei que não esta sendo fácil, que não será por muito tempo ainda, mas não precisamos nos ausentar ao compartilhamento dessa dor. Deus tem para nos, propósitos diferentes. Saibamos entender e viver eles em sua sabedoria e intensidade.
Que este dia seja de renascimento do significado do poder e amor de Deus em seu coração. Felicito-a!

Algum tempo se passou desde sua vinda a esse mundo cheio de insanos. Se acredita em destino, congratulations, ele veio presenteá-lo. Alias, ele veio me presentear.
Mensagens são poucas, palavras parecem resumidas, flores pouco transmitem. Resta-me o sentimento. Aquele que não consigo descrever ou até mesmo, aquele que nem ao menos consigo pouco demonstrar, por sua imensidão e complexidade.
Sinto-me sem inspiração por tamanho brilho de felicidade e radiação de amor, ofuscarem e encandearem minha simples e humilde sabedoria de pouco sabedor, vindo tudo de você. Não, não se sinta culpada. A culpa é tão somente minha por deixar que tudo isso embriague meus sentidos e me faça olhar fixamente a estrela mais brilhante do dia, você. Mas não há estrelas ladeadas ao sol. Você me parece querer tomar todas as atenções de um dia radiante, colorido e corrido, para que todos parem e avistem essa natural beleza. Calma, antes que você se convença disso, deixe-me assumir a culpa, a única provavelmente.
Fiz um acordo com a Lua, poderia dizer que um pacto por tamanho pedido feito e ao que me parece, comprido. Pedi para que deixe-me algumas estrelas no céu, então o poderoso Sol que se destaca pelo calor escaldante e ofuscante luminosidade contribuiu para a beleza da qual implorei para esse dia. Estrelas essas que mesmo sem podermos ver, transmite todas as luzes possíveis para que todos pudessem a você dirigir os melhores adjetivos do dia, para beneficiá-los com o poder de vê-la com tamanha beleza da qual a vejo todos os dias. Culpo-me também, por ter contribuído assim a tamanhas admirações e por todas essas atenções terem sido atribuídas a esse esplendor em pessoa. Egoísmo possivelmente, já que encontro-me desprivilegiada por não poder contemplar essa estrela tão perto quanto sempre quero. Não, a inspiração não me presenteou com belas palavras hoje, mas sim o sentimento que tomou forma, expressões e palavras. Poucas e resumidas, mas com uma complexidade singular.
Venho por meio desta descrição subliminar e esplendorosa, dizer o quanto também me sinto de parabéns, por tamanho amor introduzir em minha vida coisas maravilhosas que sozinha demoraria toda a eternidade para produzir e desfrutar.
Por tamanho orgulho de ter-te em minha vida, venho também narrar todo meu amor, carinho, admiração, compreensão, respeito e tantos outros sinônimos que resumiriam no primeiro destaque.
Te amar me faz uma pessoa melhor. Ter você constantemente em minha vida, me completa como ser humano.
Feliz Dia Meu Amor.

Nesta quinta-feira (dia 7) todas as lentes do mundo voltaram-se para o Rio de Janeiro. Não por seus lindos pontos turísticos, belezas naturais e esculturas humanas que desfilam seu charme e elegância pelas avenidas. Não por seu Cristo Redentor, eleito a 3º Maravilha do Mundo e vista maravilhosa da cidade que nos proporciona aos seus pés. Não pela grande conquista e ocupação de mais algumas favelas, tornando-a pacificada e abrindo caminho para tantas famílias conquistarem o direito de ir e vir sem ter que passar por pontos de drogas ou marginais fortemente armado. Falando nisso, também não por o número exorbitante de toneladas de cocaína, maconha e tantas outras drogas apreendidas, nos quais movimentavam milhões de reais por mês, ilegalmente. Não por nossa economia estar em um bom momento, aquecida, a baixa constante de juros e sem a aterrorizante dívida externa. Claro que também não poderia deixar de ressaltar que não estou falando da nossa primeira Presidenta garantindo e colocando em prática mudanças salariais e apoio a implantação de novas leis, um motivo do qual nos garantirá seguridade e igualdade perante a leis e aos homens. 
"Quantas mentiras deveria ter ouvido para acreditar que tudo não passou de ilusão?
