Nesta quinta-feira (dia 7) todas as lentes do mundo voltaram-se para o Rio de Janeiro. Não por seus lindos pontos turísticos, belezas naturais e esculturas humanas que desfilam seu charme e elegância pelas avenidas. Não por seu Cristo Redentor, eleito a 3º Maravilha do Mundo e vista maravilhosa da cidade que nos proporciona aos seus pés. Não pela grande conquista e ocupação de mais algumas favelas, tornando-a pacificada e abrindo caminho para tantas famílias conquistarem o direito de ir e vir sem ter que passar por pontos de drogas ou marginais fortemente armado. Falando nisso, também não por o número exorbitante de toneladas de cocaína, maconha e tantas outras drogas apreendidas, nos quais movimentavam milhões de reais por mês, ilegalmente. Não por nossa economia estar em um bom momento, aquecida, a baixa constante de juros e sem a aterrorizante dívida externa. Claro que também não poderia deixar de ressaltar que não estou falando da nossa primeira Presidenta garantindo e colocando em prática mudanças salariais e apoio a implantação de novas leis, um motivo do qual nos garantirá seguridade e igualdade perante a leis e aos homens. Hoje dedico um post em meu blog para falar da aterrorizante manhã de quinta, que alunos da rede pública passaram, para onde os olhos do mundo se voltaram arregalados Dizer que a rede pública esta precária, em decadência e abandonada, à algum tempo já é errado. Talvez pela falta de vagas, afinal temos cada vez mais jovens em sala, estudando e se destacando, buscando um futuro diferente de seus pais. Mas por lei governamental, as estruturas físicas e disciplinares nas instituições públicas estão com nova roupagem, bem assistidas e mostrando resultados. Porém, a falta de segurança foi uma grave falha neste dia.
O ser humano é passivo a mudanças, incluo também mudança de caráter. Mas o que falar de uma pessoa que desde sempre manifestou um caráter duvidoso? Excluí-lo da sociedade enquanto é cedo e ainda não manifestou agressividade ou paranóia, seria loucura. Porém, uma pessoa que vive em um universo paralelo, com planos e execuções macabras minuciosamente planejadas, nos faz pensar o porquê dele não ter sido contido enquanto era tempo. Wellington Menezes de Oliveira, 24 anos. Este homem julgado pelos visinhos como inofensivo e tímido protagonizou a maior barbaridade escolar nacional. O maior massacre já registrado no país, o único dessa caracterização, nessa frieza, minuciosamente planejado, desde a saída de casa deixando tudo pronto para que não fossem encontrado nada que desse margem de onde tudo começou, pesquisas, planos e treinos para a cena, à vestimenta, entrada na escola, buscando por uma professora antiga de literatura e justificando estar ali para ministrar uma palestra, a abordagem as vítimas. Armado de dois revólveres calibre 32 e 38, munido de 11 speeds carregados, aparelho que ajuda a carregar a arma de uma vez só e muito sangue frio correndo em suas veias.
Como em uma execução em tempos de Ditadura Hittler, todas as vítimas eram enfileiradas na parede de costa para o maníaco e executadas com frieza. Foi seletivo, buscando executar meninas com tiros certeiros na cabeça ou tórax, de cima para baixo. Os meninos serviram apenas para derramar um pouco mais de sangue e pintar a cena macabra, os tiros eram nas mãos ou pés. Fazendo o mesmo em outra sala. Tomados pelo pânico, muitos conseguiram fugir correndo, trancando-se em outras salas ou indo em direção da saída. Todo o terror só teve fim com a abordagem de um militar, que invadiu a escola em busca do atirador, atingido por um tiro disparando pelo Sargento da Polícia Rodoviária na perna, cometeu o suicídio, com um disparo na cabeça.
Foram mais de cem tiros disparados, quase 60 cápsulas perfuradas na pele de crianças indefesas. Vinte e cinco vitimas gravemente feridas, 20 meninas e 5 meninos. Dentre esses, 10 meninas e 2 meninos vítimas fatais. Uma carta com instruções de como manusear seu corpo, onde enterrá-lo e indicações de repasse de um imóvel foi encontrado em seu bolso, junto com mais munições. Seria ainda pior. O que levou a esse homem acabar com vidas de inocentes e em seguida tirar a sua, é uma questão que talvez nunca saberemos. O Massacre de Realengo, como já ficou conhecido. A população está indignada. Nossos brasileirinhos, com medo de voltar as escolas. O Brasil chocado, em luto.
Rezemos por essas famílias que hoje têm seus filhos enterrados, nos solidarizamos para a divisão da dor dessas mães que tinham planos de um futuro melhor para seus pequenos. Fé e compaixão para essas famílias brutalmente desfalcadas. Deixemos que Deus providencie um julgamento justo para a alma doente deste homem.
Notícias. Tragédias. Dados técnicos. Brasil!
ResponderExcluirSeria bom que mais e mais pessoas visitassem esse espaço, não só para manterem-se informados, mas para ver a realidade sob as lentes de um olhar puro e sensível...
Sangue. Vítimas inocentes. Massacre!
O Fantástico ontem buscou algumas justificativas para o ocorrido. Nada justificou, mas muita coisa foi esclarecida...
Gostaria de sugerir um tema pro próximo post, posso?! rs
Bullying. Essa prática tão agressiva e praticada em todos os lugares do mundo não justifica tamanha brutalidade, mas explica muitos dos comportamentos futuros da pessoa chacoteada a vida inteira.
Papai do Céu nos proteja e conforte.
=*
K²
Belo texto. Infelizmente não podemos trazer de volta a vida daqueles inocentes, mas podemos cobrar um mudança efetiva na lei do desarmamnto e na ampliação da segurança pública nas escolas brasileiras.
ResponderExcluirbjoxxxxxxxxxxxxxxxxx no coração!