terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Raiva Branca

As vezes tenho raiva de mim.

Raiva de um sentimentalismo fora do comum. Raiva de querer mandar flores, cartões e mensagens a todo instante. Raiva de ter lembranças ao ouvir uma música. Raiva de suspirar com frases de um apaixonado. Raiva da inveja que sinto da pessoa ao receber uma declaração de amor. Raiva.

Raiva de me desmanchar em lágrimas ao final de um romance cinematográfico. Raiva de desejar ser a pessoa pela qual me apaixono e declaro a todo instante. Raiva de querer andar de mãos dadas. Raiva de sentir falta do perfume na pele. Raiva de projetar o futuro com olhos apaixonados. Raiva de achar que o amor supera tudo. Raiva do tempo e espaço. Raiva.

Raiva de deixar pulsar no peito um amor que sinto incondicional. Raiva por cultivar uma paixão avassaladora. Raiva por ter um carinho tão protetor. Raiva pelo encanto que se faz ingênuo. Raiva pelo desejo nem sempre, contido. Raiva.

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