
Fiquei encarregada de uma produção voltada a esse tema. Muito fácil, no ponto de vista teórico, mas complexo quando refletido a fundo. Cumprindo também um pedido anteriormente recebido, alias um desafio se assim posso dizer, iniciei um monólogo que venho em um outro post, exibi-lo.
Já é clichê! Muito! Particularmente, não agüento mais ouvir falar dos ‘coitadinhos’ que são xingados e espancados repetidas vezes diariamente em sala de aula onde deveria ser como uma segunda casa, que nos oferece princípios de uma educação social, conforto fraternal e informações disciplinares que levaremos pra toda a vida. O triste é que hoje em dia, à daqueles alunos que voltam para casa com grandes seqüelas emocionais. Traumas irreversíveis, aversão ao local de ensino, desespero e angustia ao imaginar tal situação. Quando não, em tratamento físico e/ou vestindo madeira, de mãos postas, na horizontal, com os olhos que viam as cores a todo instante, que sorriram e choraram, bem fechados, lacrados definitivamente para a vida. Triste realidade mundial.
São atitudes agressivas, verbais ou físicas, intencionais e repetitivas, que ocorrem sem motivação evidente e são exercidas por um ou mais indivíduos, causando dor e angústia ao outro, com o objetivo de intimidar ou agredir a pessoa sem ter a possibilidade ou capacidade de se defender, sendo realizadas dentro de uma relação desigual de forças ou poder.
Bom, o que falar de um tema que todo mundo já conhece? Difícil tarefa, já que qualquer coisa abordada será rebatida com fortes argumentos de conclusão já formulada. Afinal, que ponto de vista abordar? Uma vitima? Sim, claro! Mas qual, afinal o agressor é tão vitima quanto sua vitima. Este vem provavelmente com um histórico longo, bem mais antigo e extenso, bem mais gritante no ponto conturbado psicologicamente falando.
Sabemos que o bullying
São ‘maníacos’ desfilando nas escolas, invadindo seu ‘antigo lar’ em busca de solução drástica para aquela tristeza que por dias, meses e anos foi alimentado de forma asilada, freneticamente doentia. Brincando/jogando com vidas de companheiros de batalha. Sim, batalha diária buscando conhecimento, se alimentando de conteúdos para enfim, terem o futuro que muitos dos pais não tiveram.
A produção foi diferente de todas aquelas que já descreveram, assim imagino e espero. Tentei ser breve na polêmica. A visão do agressor no âmbito escolar. O que supostamente pode levar a uma criança cometer tamanhas barbaridades com colegas. Qual seus possíveis pensamentos e influencias, as cargas da qual ele se apodera e leva por tempos a fio em um escuro e latente interior emocional.
Imaginar e expor esse ponto de vista é liberar-me a acusações; louca, doente, fria, radical... E que seja então, pela arte e defesa de opinião.

